Experiências com um grupo de crianças e mães em situação de violência intrafamiliar atendidas na brinquedoteca: um estudo psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Auko, Ticiane Renata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15813
Resumo: A presente pesquisa teve como finalidade apresentar experiências com um grupo de crianças e suas mães que vivem em situação de violência intrafamiliar e são atendidas na brinquedoteca do Programa ReCriando, bem como analisar essas experiências buscando: estudar o processo grupal, investigar alguns aspectos emocionais deste processo e, por fim, compreender se a técnica de grupo foi suficiente para sensibilizar os participantes para conteúdos emocionais. O método escolhido foi o método clínico psicanalítico. Participaram da pesquisa quatro crianças com idades de 6-9 anos, sendo uma menina e três meninos e suas respectivas mães. O instrumento utilizado foi o grupo diagnóstico , que, além de pretender construir um psicodiagnóstico, teve como objetivo favorecer aos participantes do grupo condições para resolverem alguns dos problemas e conflitos que os acometem. Foram realizados seis encontros, com duração de três horas cada, sendo que, desses, apenas três fizeram parte da análise, na qual o relato do encontro foi pensado como se fosse o relato de um sonho e interpretado de acordo com o referencial psicanalítico e grupanalítico. Esse estudo possibilitou a compreensão de alguns dos fenômenos grupais, como o acting out, a transferência, a condição de espelhamento e outros. Permitiu concluir que o processo grupal foi um contínuo. No decorrer dos encontros, o grupo passou a utilizar organizadores psíquicos mais amadurecidos e os mecanismos de defesa, que eram geralmente primitivos, foram substituídos por outros menos arcaicos. Constatamos, ainda, que a técnica grupal, aplicada na brinquedoteca, propiciou um ambiente enriquecedor, suficiente para sensibilizar os participantes para suas emoções, além de ter favorecido a ressignificação de alguns conflitos, percebidos em mudanças no jeito de ser e de se relacionar consigo e com o outro.