Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Michelle Araujo de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255830
|
Resumo: |
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foi uma criação do governo federal na tentativa de fomentar a formação inicial de docentes em cursos de licenciatura em várias regiões do Brasil. O contato inicial com a escola é uma experiência fundamental para o acadêmico que vê como as práticas de ensino ocorrem a partir do olhar de docente da escola pública. Em meio a este contexto de iniciação à docência, surge esta pesquisa que tem por objetivo investigar, nos enunciados de acadêmicos de Letras e Pedagogia da UEAP, como a experiência no PIBID contribuiu na construção do sujeito docente em formação e como se desenvolveram as práticas para o ensino de Língua Portuguesa nessas relações de alteridade que se estabeleceram em suas vivências. O corpus da pesquisa se organiza em dois gêneros: relatórios produzidos pelos bolsistas PIBID/UEAP, dos anos de 2018 a 2020, e enviados à CAPES, ao final do projeto em janeiro de 2020, e entrevistas realizadas com os bolsistas, nas modalidades online e presencial, nos meses de agosto e setembro de 2021. Apresentando uma base teórico-metodológica com base no Círculo de Bakhtin, as análises aqui apresentadas trazem como referencial os autores do Círculo, tais como Bakhtin (2011; 2017) e Volochínov (2021); Volochinóv (2013), além de comentadores do Círculo, tais como Geraldi (2012; 2013; 2019), Mendonça (2011), Miotello (2017), Brait e Melo (2005) entre outros. Além do referencial teórico-metodológico, trazemos, nas análises, uma discussão sobre formação de professores e a importância da experiência prática como produção de conhecimento para a formação docente inicial, embasada em Nóvoa (2009), Larossa (2011), Soares (2002; 2016), Tardif (2002) entre outros. Partindo da tese de que o PIBID/UEAP é concebido enquanto prática como produção de conhecimento e fundamental na formação da subjetividade do professor em formação, traçamos como objetivos específicos: reconhecer nos discursos dos acadêmicos concepções científicas sobre as práticas de ensino de língua portuguesa na educação básica; refletir como a experiência dos acadêmicos no PIBID/UEAP exerce influência na relação entre teoria e prática dos professores em formação em Letras/Língua Portuguesa e em Pedagogia a partir de suas ações didáticas no programa; reconhecer como a alteridade se estabelece na constituição do sujeito docente em formação a partir das relações dialógicas entre o acadêmico e a comunidade escolar; identificar o papel assumido pelo bolsista durante sua experiência na escola pública por meio do PIBID/UEAP. Os resultados mostram que a alteridade constitui o sujeito professor em formação e contribui para a construção de sua identidade docente ao realizar práticas nas quais o bolsista reflete seu papel em meio a elas e que as concepções para o ensino de língua portuguesa apresentadas nos discursos dos bolsistas são baseadas em sua formação ainda com base nos PCN´s que prevê o ensino de português baseado em textos, no entanto não apresentam uma concepção clara sobre o estudo com o gênero discursivo. Os resultados apontam ainda que a relação teoria e prática está presente nos discursos dos bolsistas que veem a universidade ainda um pouco distante da realidade escolar, apontando assim uma ausência de diálogo entre a formação e as práticas apresentadas no PIBID. Por fim, as concepções de ensino de leitura apontam a relevância que os bolsistas veem no incentivo à leitura por meio do livro, reconhecido aqui como um signo ideológico desse incentivo, já para o ensino de escrita, a visão que os pibidianos apresentam em seus discursos é de um ensino que trabalhe com produção e reescrita aos moldes dos PCN´s, sem que a correção gramatical de textos fique em segundo plano, uma vez que é vista como parte do processo de desenvolvimento da modalidade escrita. |