Efeito da antibioticoterapia sistêmica com amoxicilina e tetraciclina no processo de reparo da injúria de luxação extrusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pires, Willian Ricardo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136192
Resumo: A luxação extrusiva é uma injúria do ligamento periodontal caracterizada pelo deslocamento parcial do dente do seu alvéolo sendo que o tratamento preconizado consiste no reposicionamento, contenção e alguns autores recomendam a antibioticoterapia sistêmica (ATS). No entanto, não há nenhuma evidência para a utilização da ATS no reparo tecidual após a injúria de luxação extrusiva. O objetivo da pesquisa foi avaliar o efeito da ATS com Amoxicilina e Tetraciclina no processo de reparo da injúria de luxação extrusiva. Noventa ratos (Rattus norvegicus albinus), adultos, machos tiveram seus incisivos superiores direito luxados, deslocados 3mm no sentido axial e após 5 minutos reposicionados. Os animais foram aleatoriamente divididos em três grupos: Soro, Amoxicilina (25mg/Kg) e Tetraciclina (2,5mg/Kg). A medicação foi administrada de 12/12h por gavagem por um período de 7 dias. Os animais sofreram eutanásia nos períodos de 7, 15 e 30 dias após a luxação. A análise estatística foi realizada por meio dos testes de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn's de múltipla comparação ao nível de 5%. O tecido conjuntivo subjacente à inserção epitelial apresentou um infiltrado inflamatório agudo que foi de menor intensidade e extensão no grupo Amoxicilina nos três períodos pós-operatório analisados. Em todos os grupos o ligamento periodontal estava organizado e o infiltrado inflamatório agudo só apresentou diferença significante aos 7 e 15 dias com melhor resultado para o grupo Amoxicilina. Com relação ao infiltrado inflamatório crônico, tanto na intensidade quanto na extensão, foi maior no grupo Soro. Ocorreram poucas áreas de reabsorção radicular em todos os grupos sem diferença significante. O tecido pulpar na maioria dos espécimes em todos os grupos apresentou calcificações. Pode-se concluir que a antibioticoterapia sistêmica tem um efeito positivo no processo de reparo da luxação extrusiva e que a amoxicilina é uma boa opção.