Fascículos de experiências: rastros de um estudo com crianças e matemáticas, inventividade e cultura ou pesquisar em modo João

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Giovani Cammarota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215222
Resumo: Essa pesquisa tensiona a discussão do campo da educação matemática e da infância a partir do seguinte problema: como crianças se produzem ao produzirem matemáticas? Para dar corpo a esse problema, apostou-se no convívio com crianças de educação infantil e primeiro ano do ensino fundamental em uma escola da rede pública de Juiz de Fora/MG. A pesquisa com as crianças apontou um caminho a ser produzido: construir o texto partindo de dois disparadores. O primeiro diz respeito a um texto que se move entre episódios que marcam minha estada na escola; o segundo diz respeito ao fluxo de um menino que brinca apontando o dedo para seu brinquedo e seguindo os rastros desse gesto. Assim, a composição do texto se dá em fascículos, cada qual seguindo os rastros de uma problemática singular que ressoa a questão principal. Nesse momento, o texto está composto por três fascículos. Em Pesquisar em modo João ou Do problema apresentamos uma breve trajetória da construção da questão da pesquisa. Em O fora, os perigos e os mapas – experiência e cartografia ou Pesquisar com crianças apresentamos uma discussão afinada aos modos pelos quais essa pesquisa sem compôs, mais próxima de uma problemática metodológica. Para isso, lançamos mão de três episódios que dão a pensar uma discussão acerca da cartografia e da experiência para afirmar uma pesquisa modal. Em O lado de fora do infinito trazemos uma discussão acerca de uma matemática como produção radical que prescinde de a priori. Nesse fascículo nos aliamos a Bia, aluna do primeiro ano, quando ela fala de infinito e discutimos a problemática de um devir-criança da matemática. Assim sendo, a pesquisa coloca em jogo tensões entre o processo inventivo e os saberes culturalmente produzidos. Afinado com essa problemática, colocam-se como noções prementes a invenção, cultura, (educação) matemática(s), infância e produção de subjetividades, que vêm sendo estudadas e discutidas nas relações com as chamadas filosofias da diferença, cuja inspiração aqui advém fundamentalmente de Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze e Félix Guattari.