Individualidade e relações de reconhecimento: um estudo a partir de histórias de vida de mulheres contemporâneas ao processo de modernização da região de Assis/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mantellatto, Laura Meira Bonfim [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256972
Resumo: A partir do relato de história de vida de mulheres idosas, cisgênero, brancas, heterossexuais, aposentadas ou pensionistas (faixa etária média de 75 anos de idade), contemporâneas ao processo de modernização da região centro-oeste paulista, esta pesquisa qualitativa articula as transformações sociais engendradas ao longo da experiência de urbanização com as possibilidades de exercício da individualidade. Através do recurso metodológico da etnografia do espaço doméstico, foram realizadas entrevistas de história de vida diretamente no cotidiano de cada uma das participantes. Os relatos foram analisados a partir das discussões trazidas pela teoria do reconhecimento, de Axel Honneth. Sendo assim, o objetivo foi o de compreender como o processo de transformação social de modernização ensejou a abertura para relações intersubjetivas variadas num contexto de reprodução cultural de papéis de gênero e subalternização feminina. Como resultado, concluímos que, apesar das participantes não terem tido qualquer contato com a pauta política e movimentos sociais de luta por igualdade das mulheres, elas agiam a partir da tenacidade – fortalecida e amparada pelas relações intersubjetivas – para ocuparem espaços e direcionarem suas trajetórias de vida. Os resultados obtidos não são generalizáveis, a não ser que auxiliam a compreender descritivamente a dinâmica entre o processo histórico de transformação dos modos de vida e como as pessoas, tensionadas por marcadores sociais da diferença específicos, repercutem e reinventam as possibilidades de existência nesse contexto.