Moral, educação e religião na civilização da infância no Segundo Reinado (1854-1879)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Narita, Felipe Ziotti [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144646
Resumo: Neste trabalho pretendo analisar o lugar da educação, da moral e da religião na construção de imagens e de saberes sobre a infância na Corte imperial (Rio de Janeiro), especificamente no período compreendido entre as duas importantes reformas do ensino: a reforma do ministro Couto Ferraz, em 1854, e a do ministro Leôncio de Carvalho, em 1879. Trata-se de um momento em que a infância era efetivamente objetivada nas atenções do Império a partir de processos de educação específicos, já que, além da produção livresca destinada àquele público (tanto livros de leitura quanto livros didáticos), os grupos letrados debatiam dimensões da instrução/educação em congressos e periódicos, apoiando, inclusive, a formulação de preocupações intitucionalizadas para a educação da infância (escolas, conferências públicas, institutos para crianças cegas e surdas, asilos para crianças desvalidas e sociedades de instrução). A pesquisa está fundamentada, sobretudo, em relatórios oficiais do Império, documentos de instituições de ensino e de caridade, livros escolares, periódicos e pareceres manuscritos de professores. Instruir, educar e moralizar: três fundamentos para que os jovens engenhos fossem inseridos no conjunto da sociedade imperial – momento em que a infância era construída, sobretudo, no horizonte político do Império, estabelecendo alguns importantes nexos entre uma nascente esfera educacional e a coerência de sua forma social estruturada a partir da rotinização de valores do campo da moralidade.