A linguagem desliteraturizada de Monteiro Lobato em Reinações de Narizinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Parente, Luciane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90126
Resumo: A pesquisa analisa o livro Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, com o objetivo de evidenciar o processo de desliteraturização da linguagem. Em Lobato, a desliteraturização corresponde ao processo de aproximação da linguagem às crianças, evitando a literatura como primazia de forma e privilegiando a oralidade, a fantasia, um vocabulário mais próximo do universo infantil, com temáticas mais interessantes à criança. Defendendo uma literatura infantil a “correr de pena”, singela, “estilo água no pote”, Lobato retira o “excesso de literatura” de seus textos, optando por uma escrita mais leve, próxima da língua falada, coloquial, recorrendo ao diálogo e exemplos “abrasileirados” que aproximam os leitores infantis da própria realidade. A desliteraturização da linguagem em Reinações de Narizinho está exemplificada, como demonstrado ao longo da pesquisa, na concepção da obra, no título, na construção dos reinos e personagens lobatianos, bem como na escolha das histórias infantis, no foco narrativo e na estilística de sua linguagem. Longe de empobrecer ou desvalorizar a literatura, a desliteraturização a que Lobato se propôs fundou a Literatura Infantil Brasileira