Um quarto de século de construtivismo como discurso pedagógico oficial da rede estadual de ensino paulista: análise de programas e documentos da Secretária de Estado da Educação no período de 1983 a 2008

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marsiglia, Ana Carolina Galvão [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101577
Resumo: O Estado de São Paulo é o principal centro mercantil, corporativo e financeiro brasileiro. A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE) administra mais de 200 mil professores, quatro milhões de alunos e cinco mil escolas. Diante desses números, verifica-se a importância de se desvelar a política educacional na rede estadual de ensino de São Paulo. Nossa tese central é que o construtivismo, implantado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo em 1983, é elemento estratégico de sua política educacional e tem implicações decisivas para a baixa qualidade da educação destinada aos estudantes da rede de ensino paulista. O objeto da pesquisa é, portanto, a concepção pedagógica construtivista e sua tradução nos documentos oficiais da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. O objetivo deste trabalho é examinar, à luz da pedagogia histórico-crítica, a relação entre o construtivismo como referencial pedagógico e a política educacional do Estado de São Paulo dos governos de André Franco Montoro, Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury Filho, Mário Covas Júnior, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho e José Serra, situando o contexto de produção e implantação dos programas e documentos da SEE, em especial aqueles publicados pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP) e Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), relativos ao Ciclo I do ensino fundamental no período de 1983 a 2008. O método de coleta e análise dos dados desse trabalho é o método materialista histórico-dialético, que se fundamenta nos pilares da contraditoriedade, totalidade e historicidade. Nossas conclusões remetem à constatação de que o construtivismo, como filiado ao neoliberalismo e ao pós-modernismo, tem sido adotado hegemonicamente por se adequar aos interesses da classe dominante em ofuscar uma verdadeira formação...