Aposições restritivas no português escrito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Serafim, Monielly Cristina Saverio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181517
Resumo: Este trabalho debruça-se sobre o estudo das aposições restritivas no português escrito. Entendemos por aposições restritivas sintagmas nominais desprovidos de preposição, como o poeta Drummond, a cor azul, FHC presidente, e providos com a preposição de, como a cidade de São Paulo, o conceito de proletariado, o mês de janeiro. Como objetivos gerais, pretendemos i) estabelecer a nuclearidade das aposições restritivas sem e com de; ii) verificar as estratégias discursivas que o falante emprega no uso dessas estruturas; iii) determinar como as estratégias discursivas motivam os usos dos subtipos morfossintáticos; e iv) identificar se há parâmetros de formulação e de codificação que oponham e/ou aproximem as aposições restritivas sem e com elemento de ligação. Para tanto, assentamos nossas bases teóricas na Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), que permite verificar, de forma adequada, a constituição das aposições e de suas funções em relação aos níveis e camadas postulados pelo modelo, e nos trabalhos de Keizer (2005a; 2005b; 2007), que tratam especificamente desse fenômeno, identificando estratégias discursivas para o uso das aposições. A análise dos dados indicou que o núcleo prototípico das construções é o primeiro elemento nominal, restando ao segundo a função de modificar o primeiro de maneira restritiva. Além disso, os dados apontam que a estratégia descritivamente identificadora é a mais frequente e que determinadas estratégias discursivas mobilizam padrões morfossintáticos específicas. Por fim, verificou-se que os dois tipos de aposições restritivas (sem e com preposição) se assemelham no Nível Interpessoal por serem compostas de um Subato de Referência que contém dois Subatos de Atribuição, o que significa que é apenas o sintagma como um todo que é utilizado para estabelecer a referência. No Nível Representacional, as aposições também se assemelham por designarem apenas uma entidade, mas se diferenciam em subtipos com base na atribuição das categorias semânticas.