Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nudi, Renata dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237387
|
Resumo: |
Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos das terapias com eletroestimulação neuromuscular e dispositivos biomecânicos intraorais sobre as propriedades físico-química e microbiológica da saliva em pacientes com síndrome de Down (SD) e apneia obstrutiva do sono (AOS). Ainda investigamos a morfologia das glândulas salivares maiores: parótidas, submandibulares e sublinguais para verificar possíveis desordens estruturais nesses indivíduos. Vinte e três pacientes adultos com SD e AOS, com idade entre 18 e 31 anos, de ambos os gêneros, foram convidados para participar deste estudo. Dentre esses pacientes, 18 concluíram as terapias propostas e foram divididos em três grupos: EENMs (n=7; terapia com eletroestimulação neuromuscular de superfície), DMHB (n=4; terapia com dispositivo mastigatório com hiperboloide) e AIOm (n=7; terapia com aparelho intraoral de avanço mandibular). A EENMs foi aplicada sobre os músculos masseter (porção superficial) e temporal (porção anterior), em ambos os lados. O DMHB foi posicionado entre as faces oclusais dos dentes posteriores e o paciente mordeu suas pontas ativas com hiperboloide. O AIOm foi utilizado somente no período de sono. Esse aparelho foi ativado lentamente, de 0,5 mm a 1,0 mm a cada 1 ou 2 semanas, respeitando as limitações fisiológicas do paciente. Todas as terapias foram realizadas durante 2 meses consecutivos. Antes e após as terapias propostas, testes de saliva foram realizados, incluindo taxa de fluxo salivar (TFS), valor de pH, capacidade tampão (CT), cortisol salivar matinal (CSmatinal) e noturno (CSnoturno) e identificação de Pseudomonas aeruginosas (P. aeruginosas). A seguir, a morfologia das glândulas salivares maiores, foram investigadas através do exame de ultrassonografia. Na análise estatística, teste de Wilcoxon (signed-rank test) para análise de correlação e teste de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para comparações múltiplas não paramétricas foram feitos. O nível de significância foi de p < 0,05. Embora a TFS tenha permanecido reduzida, a produção de saliva aumentou em todas as terapias. A TFS mostrou diferença estatística apenas no AIOm (p<0,0225). Houve diferença estatística no valor de pH apenas no EENMs (p < 0,0346). Nenhuma diferença estatística no CT foi encontrada; entretanto, os valores de normalidade foram alcançados (valores de limítrofe para normal) em 50% para DMHB e em 29% para EENMs e AIOm. Os valores normais de CSn não foram afetados, embora os níveis de CSn tenham aumentado estatisticamente na EENM (p < 0,0360) e entre as terapias EENM e AIOm (p < 0,0058). Nenhuma espécie de P. aeruginosa foi identificada em nossos pacientes antes das terapias. Neste estudo, pudemos concluir que a redução de fluxo salivar permaneceu nos pacientes com SD e AOS após as terapias propostas; entretanto, o AIOm seguido do DMHB mitigaram a severidade dessa alteração. A EENMs teve melhor desempenho em relação a qualidade da saliva quando comparado com as demais terapias. Dentre as terapias, os pacientes tratados com AIOm mostraram alta susceptibilidade ao estresse no período noturno. Nenhum paciente tinha risco de pneumonia por aspiração, antes das terapias. Nenhuma anomalia congênita de glândulas salivares maiores foi evidenciada, todavia alterações adquiridas foram observadas em alguns pacientes com SD e AOS. |