Partir ou ficar: um estudo do dilema cabo-verdiano em Chuva Braba, de Manuel Lopes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marques, Simone Donegá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153101
Resumo: Manuel Lopes (1907-2005), um dos fundadores da revista Claridade, periódico fruto do movimento intelectual de mesmo nome que objetivou valorizar a identidade cabo-verdiana, escreveu Chuva Braba, romance publicado em 1956 e que traduz o sentimento bipartido do homem cabo-verdiano, qual seja, o apego telúrico à sua terra marcada pela estiagem e a necessidade de buscar melhores condições de vida fora do arquipélago. Pretende-se, neste trabalho, analisar a presença dos ideais do movimento Claridade (valorização da terra natal, bem como da língua e da cultura cabo-verdiana) na obra em questão, considerando-se o contexto histórico e social do arquipélago quando da escrita do romance. Uma vez que Lopes considerava-se um observador atento da realidade circundante, busca-se examinar como o dilema partir-ficar cabo-verdiano, representado pela personagem principal Mané Quim, é abordado sob a ótica da geração de Claridade. Este fazer literário, portador de um novo padrão estético e ideológico, direciona-se ao contexto das ilhas não se omitindo acerca de seus problemas econômicos, sociais e políticos, mas assumindo uma postura profundamente telúrica sobre elas, com o objetivo de restaurar a esperança de seu povo e de firmar uma nova identidade nacional.