Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Saraiva, Geiza Gimenes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182351
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Resumo: |
Esta pesquisa buscou compreender como se articula a construção de uma identidade nacional (brasileira), entre os anos de 1893 e 1900, período das disputas territoriais entre Brasil e França, na fronteira do Estado do Amapá com a Guiana Francesa. Para tanto, inscreve-se nos estudos semióticos greimasianos e estabelece diálogo com a geografia, particularmente acerca dos conceitos de território e fronteira e seus correlatos. Nesse diálogo, o ponto em comum entre as duas áreas é o território como construção, humana e linguística. Olhando para a construção do Território Contestado, como ficara conhecida a região disputada entre brasileiros e franceses, procurou-se observar, no conjunto de textos analisados, as diferentes práticas instauradas no espaço, bem como a relação dos sujeitos com ele, visto que é nessa relação que o território ganha vida, a partir das distintas práticas espaciais que lhe sobrevêm. Nesse sentido, as relações do Um com o Outro, nesse espaço, implicam movimentos, dinâmicas que desenham e dão contorno à forma própria do território: a perseverança. Como produto da enunciação, o território assume a forma de um acontecimento sensível e observável, atravessado, nessa construção, pela tensividade que o funda. Desse modo, compreende-se o processo de construção do território no conjunto de enunciados de onde ele emerge, tomando o enunciado como o produto resultante da enunciação, lugar em que as marcas de identidade do território se inscrevem, e a relação entre sensível e inteligível afeta o sujeito. O que se apresenta nesse espaço, em linhas gerais, é uma relação de dom e contradom entre os sujeitos, processos de interação em que a exclusão predomina na condução da formação de uma identidade genuinamente brasileira no Território, marcada por diferentes estratégias, mas, particularmente, pelo princípio da ocupação, uma forma de ser e existir tipicamente brasileira. Além disso, a vivência de práticas circunscritas no Território, a exemplo da prática jurídica de controle, deixa entrever a obstinação por aquilo que se constrói ou se descobre no Território: o ouro e a identidade, desenhada essa última pelo sentimento de pertencimento que move o sujeito brasileiro, uma vez que este condensa o lugar, emergindo não mais o Território Contestado Franco-Brasileiro, mas o Oyapock, lugar que o identifica e reitera uma forma de vida brasileira: da perseverança, da luta, pois é na sua relação com o Outro, com o francês, que o sujeito brasileiro marca aquilo que os diferencia, que define sua identidade: sujeito perseverante, o que homologa a natureza constitutiva do território |