Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rosário, Marília Palmieri do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204498
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Resumo: |
Introdução: Gagueira é um distúrbio complexo com base neurobiológica, com muitos impactos na vida do falante. A fluência de um indivíduo que gagueja pode melhorar de acordo com alguns fatores, como o canto, a retroalimentação auditiva atrasada, a leitura em coro entre outros. Sabe-se que, a música contemporânea instrumental tem como efeito característico a ativação do sistema nervoso parassimpático e redução do sistema nervoso simpático, além de redução da frequência cardíaca. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um método bem reconhecido pela literatura que analisa a regulação cardíaca autonômica. Entretanto, não está claro na literatura se a exposição a música contemporânea instrumental com o fone de ouvido pode afetar a regulação autonômica cardíaca e a fluência de indivíduos com gagueira. Objetivo: Analisar os efeitos da música contemporânea instrumental sobre o desempenho da fluência e o controle autonômico da frequência cardíaca em indivíduos com gagueira. Método: O estudo foi realizado em 10 indivíduos com gagueira do neurodesenvolvimento persistente, de ambos os sexos, na faixa etária de 7 a 27 anos de idade. Os participantes foram analisados em dois dias, aplicando-se uma sequência aleatória dos protolocos, controle e música: 1) Passaram pela avaliação da fluência e análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), em seguida permaneceram com fone de ouvido desligado e imediatamente realizaram a avaliação da fluência e nova análise da variabilidade da frequência cardíaca, e; 2) Passaram pela avaliação da fluência e análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), em seguida foram expostos à música por fone de ouvido e imediatamente realizaram a avaliação da fluência e nova análise da variabilidade da frequência cardíaca. Resultados: Os resultados mostraram que não houve diferença estatística na comparação entre os parâmetros da fluência, ou seja, as frequências de disfluências típicas da gagueira, outras disfluências e total das disfluências, fluxos de sílabas e de palavras por minuto, entre as amostras de fala pré e pós-silêncio (controle), e pré e pós-música. Os escores do Intrumento de Gravidade da Gagueira também não revelou alteração significante nas duas condições analisadas (silêncio e música). Não foi encontrado nenhum efeito significante na VFC, ou seja, na raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacente (RMDSSD), na high frequency (HF) e no desvio-padrão dispersão dos pontos perpendiculares à linha de identidade no plot de Poincaré (SD1) entre as medidas de pré e pós-silêncio, e pré e pós-música. Conclusão: A partir da análise crítica dos resultados do presente estudo, foi possível concluir que o estímulo auditivo musical não alterou a VFC nem a fluência, de modo que os efeitos do silêncio e da música contemporânea instrumental foram similares. No entanto, vale ressaltar que houve um subgrupo de indivíduos com gagueira que mostraram resultados favoráveis no protocolo música em todas as medidas analisadas, ou seja, houve redução da frequência de difluências típicas da gagueira, de um grau de gravidade do distúrbio e aumento da velocidade de fala. |