Construção e validação semântica de um instrumento de passagem de plantão.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Felipe, Tânia Roberta Limeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/186328
Resumo: Introdução: uma das atividades fundamentais, no trabalho de Enfermagem, é a passagem de plantão, a qual é crucial para a garantia da continuidade das ações que estão sendo dispensadas aos pacientes. Nesse sentido, a comunicação torna-se indispensável para que as equipes consigam planejar e executar bem suas atividades, adotando um fluxo adequado de comunicação com canais bem estruturados, facilitando o funcionamento das rotinas assistenciais e administrativas. Objetivo: descrever o processo de validação semântica de um instrumento de passagem de plantão utilizando a metodologia SBAR (Situation-Background-Assessment-Recommendation). Método: trata-se de estudo metodológico para construção e validação de um instrumento de passagem de plantão. Foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente sobre a ferramenta SBAR e elaboração do instrumento de passagem de plantão. O instrumento foi validado em março de 2019 por dez juízes da área de ensino e assistência. Posteriormente o instrumento foi aplicado na enfermaria de Gastroenterologia cirúrgica, do hospital cenário da pesquisa no mês de fevereiro de 2019, por 11 técnicos de enfermagem que compõem o quadro funcional dessa enfermaria e que responderam um questionário avaliando o instrumento validado para a passagem de plantão. As análises foram realizadas considerando a estatística descritiva. Resultados: os resultados demonstram que os juízes foram constituídos por mulheres (80%), com média de idade de 42,5 anos e tempo de profissão de 16 anos, 40% docentes e 30% de gerentes e assistenciais, com graduação (40%), doutorado (30%), especialização (20%), mestrado e pós-doutorado (10%). Analisaram o instrumento construído segundo a literatura existente sendo que o índice de validade de conteúdo foi de 91,7%. As sugestões pertinentes realizadas pelos juízes foram acatadas. Os participantes foram técnicos de enfermagem, 90% do sexo feminino. A idade média foi de 37,9 anos e o tempo de profissão com média de 10,3 anos. Destes 18,2% possuem nível superior. A modalidade de passagem de plantão predominante é a oral (63,6%), o local é a sala de enfermagem (100%), o tempo para passagem de plantão é de 6 a 10 minutos, 90,9% prestam atenção na passagem de plantão e 72,7% referem que atrasos e saídas antecipadas interferem na passagem de plantão; 100% referem que o SBAR possui informações necessárias e 81,8% considera ser viável a implantação dessa ferramenta na unidade. A aplicação do instrumento no período de um mês evidenciou que os itens pertencentes ao conjunto de variáveis mais preenchido foram característica do paciente (100%) seguido de situação (90%), riscos identificados e avaliação com 81,8%, breve história (80%) e recomendação (42,7%). Conclusão: O instrumento construído foi validado semanticamente e sua aplicação evidenciou a relevância, pois considera-se o instrumento necessário e viável. Os itens com maior preenchimento foram relativos a característica do paciente sendo a identificação o item mais preenchido e o item recomendação teve menor preenchimento, pois como técnicos de enfermagem consideram que alguns itens dessa variável são privativos do enfermeiro.