História, memória e luta: trajetórias na/da Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barzaghi, Natália Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/158303
Resumo: Este estudo teve como objetivo historicizar a trajetória do Movimento da Reforma Psiquiátrica brasileira, enquanto processo social complexo, por meio da memória de pessoas que participaram de sua construção. Teve como premissa a ideia de que a construção do movimento social passa necessariamente pela dimensão do humano e de suas escolhas. Foram desenvolvidos estudos e posterior explanação sobre os principais marcadores da história da Reforma Psiquiátrica, a partir das categorias de trabalhador da saúde mental, Associação de Usuários e familiares, gestores em saúde mental e Organização da Reforma Psiquiátrica italiana. O levantamento bibliográfico realizado subsidiou a construção de seis narrativas divididas em função das categorias supracitadas, apresentadas por unidades de sentido e elaboradas com base em entrevistas abertas feitas com atores sociais (brasileiros e italianos) identificados como protagonistas desse processo. Com efeito, entendendo os níveis coleitvo e singular da história como interpenetráveis e intrinsecamente relacionados, concebe-se que a história contada em nível macro é construída dialeticamente, através das experiências dos sujeitos e dos coletivos. O trabalho se justifica por operar na preservação da memória, visando ao fortalecimento do movimento social, por intermédio da desnaturalização e humanização de seus feitos. Considera-se a importância do movimento da Luta Antimanicomial para o desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica, no Brasil, e, em relação às trajetórias dos protagonistas, constrói-se a noção de escolhas de vida ética e politicamente orientadas, como fundamento da participação contínua no movimento.