A modulação da resposta imune na colite experimental induzida por TNBS em camundongos da linhagem BALB/c: efeitos da tolerância oral e da transferência adotiva de células dendríticas CD11c+

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paiatto, Lisiery Negrini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151974
Resumo: A quebra da tolerância imunológica a antígenos próprios é um mecanismo gerador comum às respostas imunes deletérias. Várias estratégias têm sido propostas para modular respostas autoimunes, entre as quais se destacam a administração oral de antígenos relacionados à doença, a transferência adotiva de células tolerogênicas e/ou o tratamento com citocinas reguladoras. Nesse contexto, tem sido mostrado que a ingestão de antígenos proteicos presentes na dieta pode gerar efeitos indiretos sobre o sistema imune do hospedeiro, caracterizados pela supressão da resposta imune a proteínas antigenicamente não relacionadas, conhecidos como supressão bystander. O presente projeto teve por objetivo analisar os efeitos indiretos da tolerância oral induzida pela ingestão de ovalbumina (OVA) e a transferência adotiva de células dendríticas isoladas de animais tolerantes a OVA (tDC) na colite induzida por TNBS em camundongos. Os resultados mostraram que o tratamento de camundongos com OVA por via oral, antes ou após a indução da colite e a transferência adotiva de tDC, foram capazes de reduzir sinais da doença, tais como a perda de peso, bem como preservar parcialmente a integridade do tecido colônico, quando comparados aos animais colíticos não tratados com OVA (controles). A supressão bystander relacionada ao consumo de OVA foi associada à expansão da frequência de células T reguladoras (regs) e de células T secretoras de interleucina (IL) -10, possíveis mecanismos de regulação das manifestações clínicas da colite induzida por TNBS. As DC obtidas de animais tolerantes a OVA apresentaram expressão aumentada de CD80, compatível com perfil tolerogênico. A transferência dessa população de células para animais colíticos foi capaz de reduzir os sinais clínicos e histológicos da colite, mimetizando os efeitos da tolerância oral. A transferência adotiva de tDC levou a redução da frequência de células Th17, redução de secreção de IL-17 e IL-9 e aumento de secreção de IL-10 e IL-4 in vitro. Até onde é de nosso conhecimento, não existem dados na literatura mostrando o efeito da tolerância oral e a transferência adotiva de tDC no tratamento de colite.