Síntese e atividade antimicrobiana de filmes biopoliméricos de dietilaminoetil quitosana de alta massa molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Otávio da Mata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181258
Resumo: Os derivados de quitosana (CH) substituídos com grupos dietilaminoetil (CHDEAE) e DODECIL (CH-DEAE-DD), mostram excelente atividade de inibição contra os fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus e a atividade antimicrobiana está relacionada com o grau de modificação estrutural, concentração e massa molecular dos polímeros. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho teve como objetivo a obtenção de filmes processados a partir desses derivados com potencial aplicação como revestimento comestivel na conservação pós-colheita de frutas e hortaliças. A atividade antimicrobiana dos filmes foi avaliada contra os fungos Alternaria solani, Alternaria alternata e Penicillium expansum que impactam a produção e conservação de alimentos. Para a obtenção dos filmes, primeiramente modificou-se a estrutura da quitosana de alta massa molecular (Mw), 282 KDa, pela reação de substituição por grupos DEAE seguida da reação com dodecilaldeído e posterior redução com borohidreto de sódio. A quitosana e seus derivados foram caracterizados por RMN ¹H, obtendo-se graus de substituição (GS) de 40% de grupos DEAE e 3% de DD. Os filmes biopoliméricos foram obtidos por “casting” e caracterizados por Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). As análises de Termogravimetria (TG) indicaram que a adição de plastificantes, glicerol e sorbitol, resulta na formação de uma blenda polimérica e os resultados das propriedades mecânicas corroboraram com essa análise, uma vez que as modificações químicas realizadas na estrutura quitosana propiciaram uma melhor maleabilidade nos filmes biopoliméricos. As imagens dos filmes obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia de Força Atômica (AFM) mostraram uma superfície lisa, sem porosidade e rachaduras. A difração de Raios X (DRX) mostrou que os derivados de quitosana sintetizados possuem uma estrutura mais amorfa que a quitosana comercial. A citotoxicidade dos polímeros foi avaliada utilizando células 3T3 e mostraram viabilidade celular acima de 90% para todos os polímeros, indicando que esse material pode ser usado como revestimento de frutas e sementes. Os resultados da atividade antimicrobiana in vitro mostrou que os filmes biopoliméricos de derivados anfifílicos de quitosana são mais eficazes que filmes de CH contra os fungos Alternaria e Penicillium. Para o recobrimento de frutas, os resultados mostraram que o filme CH-DEAE-DD apresentou uma melhor eficiência na conservação de alimentos.