Hesitações em deslizamentos do dizer de sujeitos parkinsonianos e não-parkinsonianos: um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Camillo, Maira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86557
Resumo: A proposta deste estudo foi investigar em que medida se aproximam e/ou se distanciam os momentos de quebras na amarração dos significantes, mostrados por hesitações, na atividade discursiva de três sujeitos com Doença de Parkinson e de três sujeito sem lesão neurológica. Os objetivos que nortearam essa investigação foram: (a) comparar, nos dois grupos de sujeitos, as características de suas rupturas na cadeia significante; e (b) recuperar, em ambos os grupos, fatos de seus processos discursivos que possibilitariam verificar em que medida suas quebras de amarração de significantes relacionam-se à condição de parkinsoniano e a de não-parkinsoniano – já que pretendíamos levantar argumentos para problematizar o recorte que a literatura biomédica faz das questões de linguagem na Doença de Parkinson. Analisamos dados de sessões de conversação dos dois grupos de sujeitos, com sexo, faixa etária, atividade profissional, escolaridade e procedência geográfica equivalentes. No material, identificamos as marcas hesitativas – concebidas como fenômenos discursivos – correspondentes aos momentos de quebras na amarração dos significantes mostradas em situações típicas de deslizamentos. Selecionadas essas ocorrências, constatamos que a deriva, constitutiva do discurso, pode ou não ser controlada pelo sujeito e que, no caso de não ser controlada, a dispersão se materializa no discurso. Detectamos uma única maneira de a dispersão se materializar no discurso, funcionamento que caracterizamos como anacoluto. Quanto ao controle da deriva, detectamos quatro funcionamentos, os quais caracterizamos como reformulação antecipada, reformulação com paralelismo explícito, retomada e contextualização. Apoiados na contribuição de estudos discursivos e, assim, atentos ao forte laço que há entre os fatores internos e externos na construção das práticas de linguagem...