Os critérios de escolha do relacionamento amoroso do dependente químico como fator de risco para um relacionamento codependente
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/257791 https://orcid.org/0009-0005-3236-2668 |
Resumo: | Estudos demonstram que o consumo de substâncias psicoativas tem aumentado no Brasil comparado a outros países em desenvolvimento. O uso nocivo de substâncias psicoativas e a dependência química representam um impacto importante, não somente na saúde do indivíduo, mas também de toda contextualização sistemática em que ele está inserido, na saúde de seus familiares, de sua comunidade e da sociedade em geral. Considerando que os dependentes químicos em tratamento, na sua maioria, mantêm comportamentos disfuncionais que contribuem para o processo de recaída, toda dinâmica multifatorial envolvida na escolha de parceiros amorosos, a importância de critérios bem definidos para iniciar um relacionamento amoroso com potencial protetivo e todo impacto negativo que o relacionamento codependente pode causar para o dependente químico em tratamento e para a sociedade em geral apontam para a hipótese de que as características do dependente químico se configuram como fatores de risco para a escolha de um indivíduo com predisposição à codependência para um relacionamento amoroso. Tendo em vista a importância de se investigar o fenômeno do uso de substâncias psicoativas e da codependência como problemas de saúde pública, todo impacto negativo que o relacionamento codependente causa para o dependente químico em tratamento e para a sociedade em geral, a ausência de estudos sobre essa temática e a importância da priorização da prevenção em detrimento do tratamento da moléstia já instalada, julga-se pertinente o estudo do tema proposto. Essa pesquisa objetiva compreender os critérios que dependentes químicos em tratamento estabelecem para selecionar parceiros afetivos e se esses critérios são diferentes dos não dependentes químicos. Para responder os objetivos, foram realizados dois estudos: o primeiro de caráter quantitativo, descritivo e comparativo; e o segundo, de caráter quantitativo, descritivo, comparativo e correlacional. Os resultados mostraram que os dependentes químicos em tratamento, quando comparados com sujeitos que não possuem critérios para dependência química, apresentam prevalência significativa de traços agressivos e impulsivos. Enquanto os sujeitos que não possuem critérios para dependência química apresentaram prevalência significativa de traços ligados a responsabilidade e sensibilidade quando comparados a dependentes químicos em tratamento. Também evidenciou-se que os dependentes químicos em tratamento tendem a escolher parceiros(as) amorosos(as) com características tolerantes, solidárias e gentis, talvez como forma de compensar os comportamentos agressivos e impulsivos prevalentes nessa população. Enquanto os sujeitos que não possuem critérios para dependência química apresentaram preferência para escolher parceiros(as) amorosos(as) com características de apoio social, afetividade e amabilidade. Considerando os dados apresentados, conclui-se que os critérios de escolha do parceiro(a) amoroso(a) do dependente químico vai ao encontro de indivíduos com características codependentes. |