Três histórias de Afonso Henriques, compilação, reprodução e reconstrução de uma trajetória e de uma imagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Michelan, Kátia Brasilino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93217
Resumo: A presente pesquisa tem como proposta comparar três versões da história do primeiro monarca português, D. Afonso Henriques (1109-1185), que se encontram nas seguintes crônicas: Crónica Geral de Espanha de 1344, preparada pelo conde D. Pedro de Barcelos, Crónica de Portugal de 1419, anônima, mas atribuída por alguns estudiosos a Fernão Lopes, e Crónica de El-Rey D. Afonso Henriques, compilada por Duarte Galvão em 1505. O objetivo do confronto é pôr em evidência três versões de séculos diferentes de uma mesma história, para, assim, tentar notar as atualizações do passado que cada cronista realiza, a despeito de estruturarem seus textos a partir do recurso da compilação. Esta interrogação específica encontra-se norteada por um objetivo mais geral que é o de indagar sobre os parâmetros do fazer histórico no final da Idade Média e, para tanto, serão desdobrados nos capítulos da dissertação alguns temas incontornáveis para se entender as especificidades desse fazer histórico: as práticas de leitura possíveis entre os cronistas, o papel da compilação na construção das suas narrativas, a verdade histórica pretendida pelos cronistas, a noção de tempo nas crônicas, os diálogos dos cronistas com o seu tempo e os objetivos que norteiam cada uma das elaborações selecionadas. Em suma, o que se pretende é entender a construção da história de D. Afonso Henriques em três tempos diferentes, levando em conta que o fazer cronístico era a forma por excelência de registro do passado do século XII ao século XV