Apague as pegadas: uma leitura de Terra sonâmbula de Mia Couto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Venancio, Bruna Flávia Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194458
Resumo: O presente estudo apresenta o romance Terra sonâmbula de Mia Couto dentro do conceito de narrativa de resistência definido por Alfredo Bosi (1977). A tensão entre tradição e modernidade, memória e esquecimento, confundem-se no romance com a ideia de morte da tradição, porém, neste trabalho, mostramos que a morte é a continuidade e não o fim da tradição no mundo moderno. Como percurso teórico, contextualizamos os eventos históricos citados no romance com o auxílio, sobretudo, dos historiadores Allen e Barbara Isaacman (1983) e José Capela (2010). A tensão tradição X modernidade em todo o romance foi descrita com o apoio de estudiodos do romance aqui estudado, Anita Martins Rodrigues de Moraes (2018), Everton Fernando Micheletti (2016), Philip Rothwell (2015), Fábio Salem Daie (2013) e Kamila Krakowska (2017). O conceito de memória coletiva e de morte da experiência compartilhável e, consequentemente, da tradição moçambicana foram discutidos a partir das ideias de Maurice Halbwachs (1990) e de Walter Benjamin nos artigos “O contador de histórias” (2015) e “Experiência e pobreza” (2012).