Da unicidade virtual a polifonia real: micropolíticas Ticuna no Alto Solimões - Am/Brasil
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5116 |
Resumo: | A presente dissertação trata da configuração etnopolítica Ticuna a partir da formação das unidades políticas internas ao Movimento Indígena, entendendo que a idéia de unidade política entre os Ticuna nunca foi de fato uma realidade, até mesmo quando da luta pela demarcação dos seus principais territórios. O que efetivamente ocorreu durante anos entre as décadas de 1970-1980 foi uma virtual união que se expressava “por uma única voz” no interior de um Movimento Indígena que tinha consciência de que as diferenças e conflitos internos deviam dar lugar a luta em torno de um objetivo comum: a demarcação da terra. No entanto, com a demarcação física e jurídica dos seis principais territórios étnicos Ticuna (Eware I e II, Lago Beruri, Porto Espiritual, Betânia e Vui-Uata-In e/ou Nova Itália) no ano de 1993, o final da década de 1990 e princípio do século XXI foram seguidos da criação de uma multiplicidade de organizações e associações políticas Ticuna- orientadas para os mais variados campos de ação política. Em muitos casos essas mesmas organizações e associações passaram a se chocar, pois concorriam/concorrem entre si projetos e convênios. Contudo, o que é produzido politicamente entre os índios Ticuna atualmente é justamente um conjunto de micropolíticas operadas por uma multiplicidade de organizações e associações Ticuna. Diante dessas disputas por projetos e convênios, esteve presente a necessidade de institucionalização dos mecanismos de ação política (organizações e associações), fato que acabou por lançar as lideranças e dirigentes Ticuna no campo do exercício jurídico de maneira direta, algo que acarretou uma série de benefícios, mas que por outro lado, como no caso do CGTT no convênio com a FUNASA, desencadeou um processo de inadimplência que em muitas de suas faces acabou por abalar o prestígio de muitas lideranças e dirigentes Ticuna que historicamente estiveram na linha de frente do Movimento Indígena Ticuna. |