Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Joseane Mirtis de Queiroz [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/259430
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo compreender as práticas comunicativas que surgem das interações entre alunos do Ensino Médio durante a resolução de problemas na sala de aula, analisando o impacto dessas práticas nas aprendizagens matemáticas desses alunos. Esta pesquisa seguiu uma abordagem metodológica qualitativa, com o cenário de investigação sendo uma escola pública estadual em Pernambuco. Os participantes são um grupo de professores de Matemática da referida escola, que se unem em uma parceria de coaprendizagem com a pesquisadora, para estudar e refletir sobre a resolução de problemas e sua abordagem discursivamente orientada. Essa abordagem se baseia em práticas comunicativas que permitem aos alunos dialogarem sobre ideias matemáticas, discuti-las, criar hipóteses, defender argumentos e desenvolver estratégias de forma autônoma. Ela desafia os alunos a se engajarem em um processo ativo de construção de significado, promovendo diálogos reflexivos e colaborativos em torno das estratégias de resolução adotadas. A resolução de problemas se mostrou uma estratégia eficiente para que os alunos interagissem nos grupos, construindo os diálogos necessários para a emersão de práticas comunicativas que favoreceram aprendizagens matemáticas por meio das discussões entre eles. A parceria de coaprendizagem mostrou-se significativa na garantia da organização e realização da intervenção, fortalecendo o entendimento conceitual sobre a resolução de problemas entre os professores e enriquecendo a dinâmica de trabalho com os alunos, além de promover a colaboração e o apoio mútuo dentro da sala de aula. Os diálogos construídos pelos alunos na resolução de problemas, evidenciaram práticas comunicativas de argumentação, explicação, interpretação, justificação, entre outras, que promoveram discussões matemáticas capazes de fazê-los compreender e explorar o problema, ter autonomia no processo de tomada de decisões, pensar matematicamente e construir suas próprias estratégias de resolução, sendo construtores de sua própria aprendizagem. O ensino da Matemática deve incentivar esses diálogos em sala de aula para que a comunicação aconteça, já que tarefas de exploração, nas quais os alunos precisam conjecturar, estabelecer conexões e raciocinar matematicamente, exigem uma forte presença da comunicação. No Ensino Médio, os alunos estão consolidando os processos de ensino-aprendizagem desenvolvidos ao longo de sua trajetória escolar, devendo aplicar esses conhecimentos em situações futuras, especialmente no mundo do trabalho. A capacidade de comunicação é primordial para concretizar essa aprendizagem matemática, e os alunos devem ser capazes de trocar ideias matemáticas de forma eficaz com os outros. Os resultados mostram que as práticas comunicativas: a) foram significativas no processo de mobilização de saberes, raciocínios, interações, tomada de decisões, elaboração de estratégias e justificações dos alunos; b) ajudaram a aprimorar habilidades de negociação de significados, de estratégias, respeito mútuo e senso de colaboração entre eles, sendo essenciais ao proporcionar clareza aos conceitos matemáticos, permitindo que os estudantes construirem argumentos, explicações, justificações, perguntas, exercer a escuta e se fazer entender no grupo; c). proporcionaram compreensão de conceitos matemáticos, reconhecendo erros e lacunas no pensamento, mantiveram o engajamento e a motivação dos alunos durante a resolução; d) promoveu interesse pela Matemática; e) fortaleceu a participação dos alunos nas discussões; e f) estimulou a autoconfiança e o desejo de aprender. |