Técnica dos isótopos estáveis para determinar o turnover de carbono nas fezes, no sangue e plasma de bovinos jovens confinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Felipe Azevedo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95274
Resumo: A pecuária de corte é uma atividade de grande relevância no contexto econômico nacional. Entretanto, o Brasil ainda não dispõe de um sistema de rastreabilidade confiável que forneça informações sobre a dieta a qual o animal foi submetido. Recentes episódios na Europa, como a crise provocada pela encefalopatia espongiforme bovina e pela febre aftosa, reafirmaram a necessidade de melhorar os métodos para o rastreamento de animais vivos e seus derivados. O objetivo deste trabalho foi determinar o turnover do carbono nas fezes, sangue e plasma de bovinos jovens confinados utilizando a técnica dos isótopos estáveis. Foram utilizados dezoito bovinos Aberdeen Angus x Nelore provindos de pastagem de gramínea C4. Os animais foram confinados e distribuídos aleatoriamente em dois tratamentos: C3 e C4. Os animais do tratamento C3 receberam dietas com sinal isotópico C3 e os animais do tratamento C4 receberam dietas com sinal isotópico C4, por um período de 153 dias. Para mensurar o turnover do carbono nas fezes, sangue e plasma em determinado intervalo de tempo, foi utilizada a função exponencial do tempo. Foram coletadas amostras de sangue nos dias: 0,1, 2, 3, 6, 9, 12, 16, 21, 28, 35, 42, 56, 70, 84, 98, 112, 126, 140, 153; e de fezes nos dias: 0,1, 2, 3, 6, 9, 12, 16, 21. Os valores isotópicos das fezes, sangue e plasma atingiram o patamar de equilíbrio, indicando valores de meia-vida de 1,8; 40 e 20 dias e valores de 12, 267 e 134 dias para a troca de 99% dos átomos de carbono para o tratamento C3, respectivamente. Pode-se concluir que bovinos jovens Aberdeen Angus x Nelore alimentados com plantas C3 podem ser diferenciados de bovinos alimentados com plantas C4. Os resultados obtidos comprovam que as fezes refletem mudanças a curto prazo da dieta de bovinos, e que o sangue e o plasma podem indicar a antiga dieta por um período mais longo