Manuel Botelho de Oliveira: a estética barroca, o nativismo e o mito do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Furtado, Daniel de Assis [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151372
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo reconhecer os elementos que indicam a construção da imagem de “Paraíso terrestre”, concomitante ao sentimento de nativismo na poesia lírica de Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711), especificamente em sua silva “À Ilha de Maré”. Será traçado o panorama histórico-literário em que a obra foi composta, tanto o europeu quanto o brasileiro, assim como revelados alguns dados biográficos do autor, destacando a importância do mesmo para a literatura brasileira então nascente. Em relação ao conteúdo da referida silva, será debatido o topos literário das “ilhas encantadas”, apresentando um cotejo com a maneira como este foi abordado por Camões e pelos frades Manuel de Santa Maria Itaparica e José de Santa Rita Durão, assim como apontamentos sobre a influência que todos esses poetas — Botelho de Oliveira inclusive — receberam de Virgílio e de Ovídio. Esperamos com este trabalho não apenas divulgar a obra dum poeta geralmente ofuscado por seus contemporâneos (Gregório de Matos Guerra e Pe. Antônio Vieira), mas também propor um olhar mais atento a um período histórico-literário cuja importância na formação da identidade brasileira é, por vezes, deixada de lado.