Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Tanamachi, Amanda Rodrigues A. R. [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192455
|
Resumo: |
O setor industrial, em constante expansão, gera, diariamente, resíduos com elevado potencial tóxico ao ambiente. Nesse contexto, a indústria têxtil apresenta grande impacto poluidor para a hidrosfera, devido aos compostos e processos químicos utilizados na coloração de tecidos. A literatura mostra que não há eficiência na remoção desses compostos, tanto por parte das fábricas, como em Estações de Tratamento de Água (ETAs) para o abastecimento humano. Pelo contrário, o processo de descontaminação pode tornar corantes do grupo azo, por exemplo, ainda mais tóxicos. Portanto, a poluição ambiental por essa classe de corantes vem sendo alvo de inúmeros estudos para a caracterização química e toxicológica, sobretudo dos subprodutos e intermediários gerados, dentre os quais os 2-fenilbenzotraizóis não clorados (non-Cl PBTA). Dentre eles, o non-Cl PBTA-9 tem recebido especial atenção por ser derivado do corante Disperse Violet 93, que tem sido detectado em maior quantidade nos corpos fluviais sob influência de atividades têxteis. Com base nesse cenário, o presente estudo objetivou investigar o potencial toxicogenômico do non-Cl PBTA-9 em camundongos. Foram testadas três concentrações do composto, 5, 50 e 500 μg/kg p.c., administradas aos animais por via gástrica (gavage) em dose única. Foram analisadas as frequências de micronúcleo em células de medula óssea, o nível de danos primários no DNA em células do sangue, fígado e cólon, além do padrão de expressão dos genes TP53, CYP1A1, NAT2 e CDKN1A e histologia do fígado. Os resultados mostraram que o non-Cl PBTA-9 apresentou efeito genotóxico em células do sangue periférico e do fígado na dose de 500 μg/kg p.c, além de ser genotóxico nas doses de 5, 50 e 500 μg/kg em células do cólon. O efeito mutagênico em células da medula óssea foi observado apenas nas doses de 5 e 50 μg/kg p.c e não foi encontrada nenhuma alteração histológica e na expressão gênica no fígado. Diantes desses achados pode-se concluir que o non-Cl-PBTA-9, subproduto do corante azo DV93, mesmo em baixas concentrações, foi genotóxico e mutagênico, sugerindo que a contaminação da água por esse composto pode ser prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana. |