Construção de um índice de desigualdade entre homens e mulheres sob a ótica da teoria das capacidades: uma abordagem pela análise envoltória de dados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferrari, Vanessa Aparecida da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DEA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193048
Resumo: A Teoria das Capacidades de Amartya Sen deu origem ao conceito de desenvolvimento humano preconizando a ampliação das escolhas das pessoas, para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser. No entanto, as desvantagens que as mulheres enfrentam são uma importante fonte de desigualdade e uma das maiores barreiras ao progresso do desenvolvimento humano. Atualmente, existem poucos índices mundiais que retratam a desigualdade de gênero em suas múltiplas dimensões, os quais vão além da renda e avaliam privações políticas e sociais. Além disso, ao que tudo indica, nenhum índice retratou a desigualdade de gênero sob a ótica da eficiência. É este gap que a presente pesquisa buscou suprir, tendo como objetivo a criação de um índice de desigualdade de gêneros, baseado na eficiência da conversão de renda em capacidades nos diferentes países do mundo. Para isso, primeiramente, por meio do método de Análise Envoltória de Dados, foram gerados dois índices, um feminino e um masculino, que retratam a eficiência na conversão da renda em capacidades que contemplem as cinco liberdades instrumentais de Sen (facilidades econômicas, oportunidades sociais, liberdade política, garantia de transparência e segurança protetora). Em seguida, os índices de eficiência feminino e masculino foram comparados, a partir da utilização do método DEA Malmquist para se obter o índice de desigualdade desta conversão, utilizado de forma inédita nesse trabalho. Além de um índice de desigualdade de capacidades, o índice Malmquist também foi utilizado para a construção de um índice de desigualdade de desenvolvimento humano em geral. Como resultado, constatou-se que a menor desigualdade de gênero está em países de desenvolvimento humano muito alto, principalmente europeus, como Noruega que teve o maior índice com 0,46 e o pior índice foi para Chade 0,13. O trabalho possui limitações quanto as variáveis utilizadas, que serão analisadas em trabalhos futuros.