Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Danilo Olímpio [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192603
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Resumo: |
Esta pesquisa, como uma espécie de barco, devém composição que se lança num mar em busca de uma dobra. Uma prega na linha do fora na qual seja possível inventar um dentro habitável e dar passagem a afetos disso que é conhecido por rigor. Um rigor que se relaciona à disciplina de Análise Real, a qual é contemplada numa grande maioria de cursos de licenciatura em Matemática em nosso país. Tal rigor mostra-se discursivamente atrelado a muitas práticas que ocorrem na formação de professores de Matemática, as quais influenciam sobremaneira a forma como licenciandos lidam com a própria graduação e com suas práticas profissionais. Em nossa composição, adotamos uma estética de escrita-fluxo, em que narrativas ficcionais foram compostas tendo como inspiração e suporte vivências experienciadas pelo próprio autor e por toda uma multidão de sujeitos e obras que o circundam e o atravessam, no intuito de construir uma Tese sem Órgãos, ou seja, uma composição desprovida de uma organização prévia. Para tal, estabelecemos alianças teóricas mais estreitas com o pensamento arqueológico de Michel Foucault e com o conceito de Corpo sem Órgãos, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como consonâncias junto a constelações teóricas que orbitam cada um desses pensadores. Desta maneira, nas linhas rizomáticas compostas a partir de acoplamentos, desacoplamentos e interrupções de fluxo causadas nas e pelas narrativas construídas, foi possível operar nas fissuras e pensar o conceito de Rigor sem Órgãos, o qual convida a uma composição outra, em que o intuito é a criação de novos possíveis, permitindo escapes das linhas que estabelecem relações de poder e que mantêm o rigor cristalizado em seu próprio artigo definido. Assim, atravessando um discurso hegemônico e estruturante, inaugura-se um tratamento do rigor na Educação Matemática, instalando-o como existência e resistência, em que os restos discursivos de um rigor constituído podem ser tomados para a produção de um rigor na ordem do acontecimento. |