Sintomas depressivos em gestantes: organização do processo de cuidado por meio de fluxograma descritor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Elen Aparecida dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202168
Resumo: Introdução: O acolhimento da gestante na rede de atenção à saúde implica na responsabilização pela integralidade do cuidado na atenção básica. O período gestacional envolve mudanças biopsicossociais, na qual a mulher perpassa por várias mudanças, configurando-se às vezes como uma fase de maior ocorrência de transtornos psíquicos. Nesse sentido, segundo o Ministério da Saúde, por meio do pré-natal a gestante tem assegurado não só o acompanhamento da gestação, mas um parto saudável, sem impacto para a saúde materna, pois durante este se abordam questões psicossociais, bem como atividades educativas e preventivas para as necessidades de saúde identificadas. Objetivo: Identificar na literatura fatores de risco e instrumentos de detecção de sintomas depressivos na gestação e, a partir disso, construir um fluxograma de atendimento a gestantes. Métodos: Trata-se de um estudo dividido em duas etapas: revisão integrativa e construção de um fluxograma descritor. A revisão integrativa seguiu as etapas de elaboração da pergunta norteadora “Quais os fatores de risco e os instrumentos utilizados para identificar a depressão em gestantes?”; estabelecimento dos critérios de inclusão e de exclusão; definição dos descritores, busca na literatura e coleta de dados; da análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados e apresentação da síntese do conhecimento produzido. A seleção dos estudos deu-se por meio do acesso às bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Current Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Index Psi, MEDLINE e Web of Science (WoS). A construção do fluxograma foi realizada a partir da avaliação atual dos caminhos percorridos pela gestante na atenção básica, desde a procura por assistência à sua inclusão nos equipamentos de saúde do Município de Vera Cruz-SP. Resultados: De acordo com a análise, são apontados como fatores de risco para depressão gestacional antecedentes psiquiátricos, a violência (doméstica e/ou emocional), fatores estressantes e/ou estresse percebido, baixo apoio familiar/social, gravidez não planejada, baixo nível de escolaridade e a idade materna. A revisão integrativa apontou que a Edinburgh Postnatal Depression Scale – EPDS é a mais utilizada. Como produto desta dissertação foi construído uma proposta de fluxograma para gestante, onde após seu acolhimento, esta passará por um rastreio dos sintomas depressivos de acordo com a presença dos fatores de risco. O atendimento seguirá de acordo com a presença de sintomas depressivos. Conclusão: Após identificar os fatores de risco e os instrumentos utilizados para rastreio foi realizada a construção do fluxograma que permite observar o processo de trabalho desde a entrada da gestante no pré-natal. Espera-se que o fluxograma possa favorecer a assistência perinatal através da detecção precoce dos sintomas depressivos e o tratamento oportuno, bem como contribuir para a redução dos efeitos adversos à saúde materna e do concepto.