O Corpo como Texto: Clara Nunes e a Performance da Fé

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Emerson de Paula [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204522
Resumo: Esta pesquisa pretende identificar os processos e procedimentos da religiosidade afro-brasileira na performance cultural da cantora mineira Clara Nunes, a partir da perspectiva de construção da sua identidade artística em conjunto com sua formação identitária religiosa, apresentando a contribuição desta performer para os Estudos da Performance Cultural. Neste sentido, aprofundamos nos estudos sobre as matrizes estéticas presentes nos rituais da Umbanda e do Candomblé e a assimilação dessas matrizes pela performer Clara Nunes, entendendo seu processo de aproximação com a religiosidade afro-brasileira como produtor de uma escrita dialógica entre Arte e Vida, estabelecendo Clara como um acontecimento performático. É então, na análise das encruzilhadas epistemológicas propostas/provocadas pela própria performer, que esta tese se concentrará, utilizando do conceito de encruzilhada proposto por Leda Martins (1997) e do estudo da pedagogia das encruzilhadas proposto por Luiz Rufino (2019). Em tal perspectiva, é esta escrita que dialoga som, corpo, música e movimento, que pretende ser costurada neste grande emaranhado de diálogos que produzem fios de conexão, a partir de cosimentos, bordados e entrelaçamentos de uma costura aberta feita com a junção de vários tecidos. As organizações conceituais elencadas subsidiam a análise da performance da fé junto aos adeptos de religiões de matriz africana, encontrando em Clara Nunes o estabelecimento do Corpo como Texto.