Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Beraldo, Rodrigo Fedatto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/259413
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Resumo: |
Introdução: Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença de caráter crônico e inflamatório, assim como a doença hepática esteatótica associada a disfunção metabólica (MASLD). Ambas não possuem sua patogênese totalmente elucidada, entretanto, cada vez mais os estudos apontam a disbiose e alterações da sua composição e metabólicas na microbiota como uma via comum envolvida na patogenia dessas enfermidades. Apesar da crescente prevalência de MASLD na população geral, há poucos estudos nos pacientes com DII. O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência de MASLD nos pacientes com DII e avaliar os fatores associados com sua presença nestes pacientes. Metodologia: Foi desenvolvido estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram convidados para participar do estudo, pacientes do ambulatório de DII. Foram avaliados dados sociodemográficos, dados clínicos, atividade da DII, uso de medicações, presença de síndrome metabólica, dados bioquímicos e dados da ultrassonografia (USG) hepática. Análise estatística: análise descritiva, testes de associação e regressão logística. Foi adotado nível de significância estatístico padrão de p < 0,05. Resultados: Avaliados 179 pacientes com DII, 95 com Retocolite Ulcerativa (RCU) (53,07%) e 84 com Doença de Crohn (DC) (46,93%); 65,36% mulheres. No total, 72 (40,22%) pacientes possuíam MASLD e DII. Dentre os pacientes com DII, 4 (2,23%) apresentaram Esteatohepatite associada a disfunção metabólica (MASH) e 9 (5,02%) algum grau de fibrose hepática. As variáveis que apresentaram diferença estatística entre os grupos DII sem MASLD e DII com MASLD foram: idade maior (42,98±15,17 vs. 48,31±12,58 p=0,0148), presença de diabetes (6,54% vs 20,83% p=0,0043), hipertensão arterial (12,15% vs 30,56% p=0,0023), dislipidemia (7,48% vs 25% p=0,0011), índice de massa corporal elevado (51,40% vs 91,67% p<0,0001), resistência insulínica (19,42% vs 61,43% p<0,0001), perfil glicêmico (glicemia de jejum [87,26±17,88 vs 100,09±23,79 p<0,0001], hemoglobina glicada [5,35±0,59 vs 5,71±0,98 p=0,0010]), perfil lipídico com maior valor de triglicerídeos [117,56±59,87 vs 186,89±107,54 p<0,0001]) e menor valor de HDL-colesterol [57,01±15,31 vs 51,00±16,61 p=0,0098]) no grupo com DII e MASLD. Pacientes do grupo DII com MASLD apresentaram valores maiores de hematócrito, hemoglobina, creatinina, PCR, transaminases, gama-GT e ferritina, com diferença estatística. Conclusão: Encontramos significativa prevalência de MASLD em pacientes com DII, principalmente associado aos critérios metabólicos. Desta forma, estratégias voltadas para a prevenção e diagnóstico precoce da Síndrome metabólica e MASLD nos pacientes com DII se faz necessário para evitar a progressão da doença hepática esteatótica e suas complicações nesta população. |