Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alves, Lucas da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215880
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Resumo: |
O milho é uma das culturas agrícola com relevância no cenário mundial. Porém, quando se compara rendimentos possíveis da cultura, com a realidade nacional, nota-se que são necessários avanços tecnológicos, que promovam baixo impacto ambiental e lucratividade em pequenas áreas, principalmente no setor de agricultura familiar. Com isso, manejos de consórcio entre cultivos se tornam uma ótima opção para suprir essa necessidade, do qual cita o manejo de milho em sucessão a produção de cogumelos. É possível que esse manejo seja eficiente em reduzir a fertilização mineral e a utilização de condicionadores dos solos necessários para a produção do milho, além de elevar a comunidade microbiana cultivável e, consequentemente, a abundância microbiana endofítica. Logo, buscou-se com este estudo, avaliar o manejo integrado Cogumelo do Sol-milho como uma opção de cultivo sustentável, e se os diferentes manejos interferem na comunidade microbiana do solo e endofítica. Também se objetivou avaliar o potencial biotecnológico dos fungos endofíticos obtidos durante o cultivo. O experimento ocorreu em dois cultivos (1º e 2º ciclo), em um sistema contínuo (cogumelo-milho-milho), posterior a colheita do Cogumelo do Sol. Os experimentos consistiram de um fatorial duplo (2 x 4), sendo: gesso (presença e ausência) e manejo da fertilidade (tratamento controle, área pós cultivo de cogumelo ‘SMS’, área pós cultivo de cogumelo + adubação de semeadura ‘SMS+S’, área pós cultivo de cogumelo + adubação de semeadura + adubação de cobertura ‘SMS+S+CB). Se avaliou os atributos químicos do solo e folha (macronutrientes e matéria orgânica), os aspectos produtivos do milho durante o cultivo, as características microbiológicas do solo (unidade formadora de colonia (UFC) do solo e da rizosfera) e endofítica (frequência de colonização endofítica de folha e raiz). Ao final, alguns fungos foram selecionados para se avaliar potencial biotecnológico in vitro (teste de patogenicidade, crescimento micelial e pareamento com o patógeno Fusarium sp.) Os resultados demonstraram que, apesar dos baixos teores de macronutrientes encontrados nas folhas e no solo cultivado sob a área pós cultivo de cogumelo, é possível a reutilização destas áreas. SMS+S+CB se mostrou mais eficiente que o controle em fornecer matéria seca de parte aérea (MSPA), e essa condição pode ser uma alternativa para um cultivo circular cogumelo-milho. SMS+S alcançou rendimentos e MSPA não diferentes significativos comparados ao controle, circunstância relevante ao produtor devidos aos custos e impactos causados pela fertilização de cobertura. A gessagem não apresentou incrementos produtivos relevantes. Para os aspectos microbianos avaliados, os fertilizantes e a aplicação de gesso se mostraram prejudiciais para UFC do solo no 1º ciclo, a UFC rizosférica apresentou menor flutuação microbiana durante as safras do que a UFC do solo, e a semeadura do milho em áreas pós cultivo se mostrou como uma rica fonte para elevação de microrganismos endofíticos, em específico os fungos endofíticos radiculares. Os isolados I08, I20, I29 e I36 apresentaram resultados interessantes de crescimento micelial e inibição de Fusarium sp. além de não serem patogênicos. Conclui-se que, nas condições realizadas essa experimentação, é possível se produzir milho após o cultivo do Cogumelo do Sol, entretanto, a fertilização se torna indispensável para reduzir as perdas de nutrientes. A fertilização vii e gessagem influenciam na UFC do solo, e a reutilização das áreas incrementam a microbiota endofítica do milho. Os isolados I08, I20, I29 e I36 apresentam potencial biotecnológico a serem explorados. |