O novo romance histórico: "Amar-te a ti nem sei de com carícias" (re)escreve a história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Minatel, Maria Nilva
Orientador(a): Santos, Rosana Cristina Zanelatto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1157
Resumo: Este trabalho tem como objetivo demonstrar que o romance Amar-te a ti nem sei se com carícias, de Wilson Bueno, pode ser inscrito na categoria das narrativas ficcionais históricas contemporâneas brasileiras. No entrelaçamento da ficção com a história, está inserido o romance supramencionado. Bueno faz uma viagem pela segunda metade do século XIX e pelo início do século XX, de onde ressoam as vozes de grandes escritores, especialmente Machado de Assis. Por meio do humor, Bueno ironiza o século XIX brasileiro e, sob o olhar do narrador, não deixa de alfinetar a retórica bacharelesca e os poetas que a história soterrou nas ambiências da época. Investigam-se as características narrativas históricas presentes no romance Amar-te a ti nem sei se com carícias, sob o olhar de Leocádio Prata, aqui tomado como o narrador. O gênero “novo romance histórico” (re)interpreta o fato histórico. Para tanto, utiliza subterfúgios ficcionais. Na narrativa em questão, tanto a homenagem quanto a provocação são intencionais. Em um momento o narrador homenageia os poetas clássicos, para em outros provocá-los. Bueno revisita a história, (re)inventa personagens, cria situações cômicas e irônicas, na busca de demonstrar como os fatos históricos e fictícios, bem como personagens históricos e ficcionais foram narrados.