Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204402
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Resumo: |
Diante do contexto histórico vivido com a pandemia de Covid-19, em 2020 o mundo todo vem buscando respostas na ciência para formas de enfrentamento ao novo coronavírus. Nessa dimensão, o distanciamento social é identificado como tecnologia social capaz de gerar possibilidades de diminuição do contágio, contrariando a lógica do mercado neoliberal que vai impactar no sistema produtivo e nas formas de consumo. Diante dos ataques sistemáticos à ciência que a ascensão da nova direita ultraconservadora vem realizando, já no período pré- pandemia em várias partes do planeta, observam-se nesse contexto relações de poder controversas e contradições narrativas, especialmente num momento em que se buscam respostas científicas para os grandes desafios gerados a partir de um vírus altamente primitivo do ponto de vista biológico, mas muito sofisticado do ponto de vista da eficácia do contágio que tem impacto nossa dinâmica social. Diante dessa nova realidade sem precedentes na história, nosso problema de pesquisa buscou questionar de que modo o distanciamento social é apresentado como recurso para proteger a vida e, ao mesmo tempo, como o Estado revela e comunica ser capaz de garantir essa proteção? Partindo dessa problematização, nosso objetivo nesta pesquisa foi identificar, em macrocampanha de conscientização pública do Ministério da Saúde do Brasil, o uso ou não de estratégias comunicacionais de sensibilização e educação para a defesa do distanciamento social como medida de prevenção. Para tanto, analisaremos a macrocampanha digital Juntos Somos Fortes, com várias peças comunicacionais disponibilizadas no portal e várias mídias sociais do Governo Federal a partir da combinação da análise de conteúdo de Bardin e da análise de imagens de Barthes. Como principais resultados, evidenciam-se a presença de informações de ordem científica, fundamentadas em autoridades da saúde e de figuras de influência social na cultura popular brasileira, além da descrição científica de formas de proteção, de prevenção e de identificação de sintomas da COVID-19. Por outra parte, pouco se identificam posicionamentos que problematizam a não realização do lockdown, o que abre oportunidades para que grupos contrários possam argumentar e influenciar a opinião pública sobre o seu boicote. Isso revela um debate que discute a importância da perspectiva crítica para uma comunicação educativa e cidadã visando a conscientização e sensibilização. |