Células T reguladoras no linfoma cutâneo canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Semolin, Livia Maria Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149976
Resumo: O linfoma pode ser caracterizado pela proliferação clonal de linfócitos malignos nos órgãos linfóides, podendo, porém, atingir diversos tecidos entre os quais a pele, denominado linfoma cutâneo. No cão, o linfoma cutâneo pode apresentar-se clinicamente por lesões localizadas ou generalizadas, podendo evoluir para lesões em placas e nódulos, muitas vezes edemaciados, ulcerados e hemorrágicos. Segundo avaliação histopatológica, podem ser classificados em epiteliotrópico ou não epiteliotrópico, com linhagem imunofenotípica T ou B, sendo o T mais comum. Células T reguladoras são linfócitos com capacidade imunossupressora, com papel importante na manutenção de processos fisiológicos, impedindo respostas de autoimunidade. Além disto, estudos demonstraram a influência das mesmas na supressão de respostas anti-tumorais, permitindo o escape das células neoplásicas dos mecanismos de defesa. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a presença das células T reguladoras em 12 cães com linfoma cutâneo T e 12 animais saudáveis, no sangue periférico e pele, através das técnicas de citometria de fluxo, avaliando porcentagens de Tregs, células T CD4+ e CD8+, e imuno-histoquímica, com a expressão tecidual de Foxp3. Observou-se maior número de Tregs no sangue periférico de cães com linfoma cutâneo (10,84±1,18) em relação aos animais saudáveis (5,67±0,89), sem diferença quanto às porcentagens de células CD4+ (48,26±4,54; 51,01±4,92, respectivamente) e CD8+ (30,32±4,82; 31,78±5,65, respectivamente). Não houve diferença nos valores celulares entre os animais com linfoma epiteliotrópico e não epiteliotrópico. Quanto à expressão tecidual de Foxp3 não foram observadas células imunomarcadas nos fragmentos cutâneos saudáveis, apenas nos linfomas cutâneos, com média de 8% (±5) de células positivas, demonstrando a presença de Tregs no tecido neoplásico, sem diferença entre os tipos histopatológicos. Não foi observada associação entre o número de Tregs e relação Treg/CD8, com a sobrevida dos pacientes. Não houve correlação entre os valores teciduais e sanguíneos das células T regulatoras nos animais com linfoma cutâneo. Desta forma, pode-se concluir que há estímulo para diferenciação e/ou proliferação de Tregs no ambiente tumoral de cães com linfoma cutâneo e aumento das mesmas na circulação, porém, não foi possível estabelecer exato valor prognóstico destas células.