Efeito do Bromofórmio nos parâmentros ruminais, emissão de metano e diversidade microbiana em bovinos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vieira, Karine Padilha Nunes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258423
Resumo: O experimento foi conduzido no setor de Forragicultura da UNESP (FCAV), Jaboticabal SP e no Laboratório de Nutrição Animal da UFMT (FAAZ), Cuiabá - MT. Os animais foram mantidos em piquetes formados por Urochloa brizantha Cv. Marandu, durante o período das águas (janeiro a abril de 2023) e durante os períodos (Janeiro a abril de 2024), os animais doadores do inóculo consumiram a mesma dieta para o fornecimento do líquido para incubação in vitro. A área experimental total utilizada foi 9 hectares, utilizando 9 animais, raça Nelore, com peso corporal médio de 516 kg, idade média de 36 meses, canulados no rúmen. Os animais foram distribuídos em modelo DQL 3 × 3 triplicado (sendo três períodos experimentais de 21 dias e 3 tratamentos: T1 - Controle (forragem + mineral), T2 - forragem + 0,3% PC de suplemento com DDGs e T3 forragem + 0,3% PC de suplemento com DDGs + Bromofórmio. Adicionalmente ao estudo de metabolismo in vivo, foi realizado um experimento in vitro com 3 incubações consecutivas, este estudo avaliou três tratamentos: T1 (forragem), T2 - (forragem + DDGs) e T3 - (forragem + DDGs + Bromofórmio) por meio de um delineamento inteiramente casualizado. O consumo de matéria seca do suplemento foi significativamente maior nos tratamentos DDGs e DDGs + Bromofórmio (1.54 e 1.53 kg/dia, respectivamente) em comparação ao mineral (0.16 kg/dia; p < 0.001). A ingestão de proteína bruta também foi superior no DDGs e DDGs + Bromofórmio (1.32 kg/dia) do que com o mineral (1.01 kg/dia; p = 0.024), enquanto a fibra em detergente neutro foi mais elevada no DDGs e DDGs + Bromofórmio (4.26 e 4.34 kg/dia) comparada ao mineral (3.35 kg/dia; p = 0.037). A digestibilidade da proteína bruta e da fibra em detergente neutro foi superior nos tratamentos com os suplementos (proteína bruta: 73.48% e 71.88% vs. 65.01%; p < 0.001; fibra em detergente neutro: 71.89% e 72.61% vs. 64.61%; p = 0.010). Não foram observadas diferenças significativas no pH ruminal e na concentração de NH3-N entre os tratamentos. Contudo, a proporção de ácido acético foi maior com DDGs + Bromofórmio (62.61%) em comparação ao mineral (63.48%; p = 0.009), enquanto o propionato foi maior com DDGs (29.85%) em relação ao DDGs + Bromofórmio (27.51%; p = 0.031). No metabolismo de nitrogênio, o consumo de nitrogênio foi maior com DDGs e DDGs + Bromofórmio (211.52 e 211.56 g/dia, respectivamente) comparado ao mineral (162.02 g/dia; p = 0.025). No entanto, não foram observadas diferenças significativas na excreção de nitrogênio urinário e fecal ou na retenção de nitrogênio. A análise da microbiota e diversidade microbiana mostrou que o número de OTUs, a riqueza (Chao1 e ACE) e a diversidade (Shannon, Simpson e Fisher) não foram significativamente alterados entre os tratamentos. No entanto, houve variações na abundância de famílias e gêneros bacterianos, destacando uma menor de Eubacterium coprostanoligenesgroup, BacteroidaleBS11 gutgroup Atopobiaceae, no grupo DDGs + Bromofórmio. Em nível de família houve redução de Eubacterium coprostanoligenesgroup (p=0.026) Bacteroidales BS11 gutgroup (p=0.018) e no gênero Methanosphaera (p=0.010). Nos resultados in vitro o VF O tratamento com Bromofórmio (127,54 mL), produziu menos gás (p = 0,015). Não houve diferença significativa na taxa de digestão. Os tratamentos T2 e T3 tiveram maior DIVMS24 (56,98% e 57,79%) com (p = 0,012). Na DIVMS72h não houve diferença significativa entre os tratamentos. Não houve diferença significativa (p = 0,585), na digestibilidade in vitro do FDN. O tratamento DDGs proporcionou a maior concentração de amônia (12,09 mg/dL), enquanto DDGs + Bromofórmio teve a menor (10,58 mg/dL), com diferença significativa (p = 0,003). O tratamento DDGs + Bromofórmio reduziu significativamente a produção de metano (5,80 mL), comparado aos demais tratamentos avaliados (p < 0,0001). A inclusão do Bromofórmio não influenciou na concentração de AGVs (p>0.05). O uso do Bromofórmio se mostrou promissor na redução da produção de metano, o que pode contribuir para uma pecuária mais sustentável. Esses resultados são importantes para otimizar a eficiência alimentar e reduzir o impacto ambiental na produção de bovinos.