Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Rayanne Viana [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214741
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Resumo: |
Objetivou-se com este estudo avaliar os parâmetros de fermentação ruminal, balanço de nitrogênio, parâmetros da degradabilidade ruminal da matéria seca (MS) e fibra em detergente neutro (FDN), comportamento ingestivo, os parâmetros metabólicos e a diversidade bacteriana ruminal de novilhos Nelore em regime de alimentação com forragem tropical de baixa qualidade recebendo diferentes fontes de suplementação. Foram utilizados seis novilhos Nelore (350 ±10 kg peso corporal inicial e 24 meses de idade), castrados, canulados permanentemente no rúmen, distribuídos aleatoriamente em um Quadrado Latino duplo 3×3, sendo três tratamentos e três períodos experimentais. Os animais receberam feno de Urochloa brizantha (Hochst.) Stapf, “Marandu” ad libitum como dieta basal e foram suplementados com sal mineral ureado (SMU), concentrado proteico-energético comercial (SPE) ou bloco multifuncional (BMF). O consumo de MS, suplemento, MO, FDNcp e FDA foi superior para os animais suplementados com SPE (P<0,05). Entretanto, o uso do BMF aumentou o consumo e a digestibilidade de PB (P<0,001). Maiores coeficientes de digestibilidade da FDNcp foram observados em animais suplementados com SMU (P=0,032). Houve interação tempo × tratamento para a concentração ruminal de N-NH3 onde animais suplementados com SPE apresentaram maior concentração de amônia as 2, 4 e 6 horas após a alimentação, quando comparado a SMU e BMF (P<0,001). A proporção de propionato foi maior quando BMF foi suplementado (P=0,016). Animais suplementados com BMF e SPE tiveram similar retenção de nitrogênio (RN, g/d) em função do nitrogênio consumido e digerido e eficiência de uso do nitrogênio, porém maiores que os animais suplementados com SMU (P<0,007). A suplementação com concentrado proteico-energético proporcionou maior abundância relativa ruminal de Mogibacterium.spp, Ruminococcaceae UCG-004 e Papilibacter.spp e tendência a maior população relativa de Eubacterium grupo coprostanoligenes quando comparado ao SMU (P<0,05). O Clostridium sp. CAG-352, Lachnoclostridium 10, Prevotellaceae UCG-004, Ruminococcaceae-UCG-011 e Succinivibrio.spp foram identificados apenas no rúmen de novilhos alimentados com SPE. Novilhos suplementados com SMU apresentaram maior abundância relativa ruminal de Fretibacterium.spp e do grupo Lachnospiraceae ND3007 Em relação ao comportamento alimentar, animais suplementados com SPE e BMF despenderam maior tempo na interação com o feno (P=0,004), enquanto animais suplementados com SMU e BMF apresentaram menor tempo de interação com o suplemento (P=0,002). O tempo de alimentação foi maior em animais suplementados com SPE (P<0,001). As concentrações sanguíneas de glicose, insulina, proteínas totais não foram influenciadas pelos tratamentos (P>0,05). Entretanto, a concentração de ureia foi superior em animais suplementados com BMF (P=0,05) e houve efeito de tratamento e tempo de coleta (P<0,05) na concentração de triglicerídeos; o uso do BMF resultou em maiores concentrações de triglicerídeos e houve uma diminuição linear das concentrações em função do tempo de coleta (P<0,05). A degradabilidade ruminal da fração “a” da MS e a degradabilidade efetiva estimada a 2,5 e 8%h-1 foi similar para animais suplementados com SPE e BMF (P<0,05). Em contraste, a degradabilidade ruminal da fração “b” foi similar entre SMU e SPE (P=0,013) e a degradabilidade potencial foi superior para animais suplementados com SPE (P=0,015). A fração “b” foi correlacionada positivamente com o filo Fibrobacter (P=0,034; r=0,50) e negativamente com a classe Bacilli, as ordens MVP 15, Lactobacillales, os gêneros Lachnospiraceae bacterium FD2005 e Succinimonas.spp (P<0,016; r<-0,56). A fração “b” da FDN foi correlacionada positivamente com as ordens Aeromonadales, Desulfuromonadales, os gêneros Eubacterium hallii group, Coprococcus 1, Ruminiclostridium 5, Ruminobacter e a espécie Lachnospiraceae UCG,002 (P<0,001, r>0,70). A ureia plasmática se correlacionou positivamente com a classe Gammaproteobacteria, a família Ruminococcaceae, os gêneros Ruminobacter.spp e Succinivibrio.spp e a OTU Family XI 2II (P<0,007; r>0,63) e negativamente com a família Prevotellaceae e o gênero Fretibacterium.spp (P<0,036; r<-0,52). O uso dos blocos multifuncionais influencia a composição do ecossistema bacteriano ruminal em favor da família Neisseriaceae e melhora a retenção e a eficiência de uso do nitrogênio. Entretanto, estas mudanças foram semelhantes as geradas pelo suplemento proteico-energético comercial. |