Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Juliana Sandoval [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193441
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Resumo: |
Introdução: Gagueira é um distúrbio neurodesenvolvimental, multifatorial e complexo, que pode prejudicar as atividades do falante em diferentes esferas. Nesta vertente, torna-se fundamental compreender os reais impactos da gagueira, além das rupturas na fala e do prejuízo no fluxo de informação. Assim, considerando as evidências científicas de que indivíduos com gagueira apresentam mais disfluências na leitura em relação aos fluentes, a hipótese desse estudo é que escolares que gaguejam podem apresentar prejuízos na compreensão da leitura. Objetivo: analisar os parâmetros da fluência oral em situação de fala espontânea e leitura e comparar a compreensão leitora em escolares com e sem gagueira. Método: Estudo transversal e prospectivo aprovado pelo Comite de Ética da Instituição. Amostra composta por 30 escolares com idade entre 8 e 11 anos e 11 meses, divididos em dois grupos: Grupo Pesquisa (GP) com 15 escolares com gagueira e Grupo Comparativo (GC) com 15 escolares fluentes. Os participantes foram submetidos à avaliação da fluência da fala espontânea, leitura dos textos expositivo e narrativo, e avaliação da compreensão da leitura. A análise estatística inferencial foi realizada por meio dos testes de Mann-Whitney e, para análise de correlação, foi utilizado o teste de Coeficiente de Spearman. Resultados: A comparação entre os parâmetros da fluência oral indicou que o GP manifestou maior quantidade de disfluências típicas da gagueira, enquanto o GC mostrou maiores fluxos de sílabas e de palavras por minuto, na fala espontânea e na leitura. Em relação à compreensão da leitura, escolares com gagueira apresentaram desempenho inferior ao fluentes, em ambos os textos. Não houve associação entre a frequência de disfluências e a compreensão da leitura nos escolares com e sem gagueira. Conclusão: Escolares com gagueira apresentaram prejuízos quanto à compreensão da leitura quando comparados a escolares fluentes, porém não houve, em ambos os grupos, associação entre a frequência de disfluências e a compreensão da leitura. Sugere-se que esta seja avaliada e, se necessário, trabalhada a fim de reduzir os impactos da gagueira e favorecer a aprendizagem. |