Infecções endodônticas primária x secundária: perfil microbiano, níveis de endotoxinas e ácido lipoteicóico, sinais e sintomas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Felipe Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180742
Resumo: Esta pesquisa clínica teve como objetivo comparar a carga e composição microbiana bem como as concentrações de LPS e LTA encontradas na infecção endodôntica primária (IEP) e na infecção endodôntica secundária (IES). Além disso, a correlação desses achados com características clínicas e tomográficas também foram investigadas. Sessenta dentes de pacientes com IEP (31) e IES (29) foram submetidos à avaliação clínica e tomográfica, seguido do tratamento endodôntico ou retratamento. Amostras foram coletadas de cada canal radicular utilizando cones de papel. Logo após a abertura coronária (IEP) ou após a desobturação dos canais (IES) o conteúdo coletado foi submetido à técnica de cultura microbiológica para determinar a carga microbiana de bactérias anaeróbias e ao método Checkerboard DNA-DNA hybridization para investigação de espécies bacterianas presentes. O teste de Lisado de Amebócito de Limulus e o Ensaio de Imunoabsorção Enzimática foram utilizados para quantificar os níveis de LPS e LTA. Os dados obtidos foram correlacionados com os achados clínicos e tomográficos. Maiores quantidades de bactérias cultiváveis e de LPS foram encontradas na IEP (p < 0,05). Não houve diferença nos níveis de LTA entre IEP e IES (p > 0,05). A mediana de espécies por canal radicular encontrada na IEP foi de 9 espécies e na IES foi de 22 (p < 0,05). As espécies bacterianas mais prevalentes detectadas na IEP foram P. gingivalis (14/31) e S. intermedius (14/31). Na IES, as espécies mais prevalentes foram P. gingivalis (21/29) e C. rectus (20/29). LPS foi correlacionado positivamente com um maior volume da lesão periapical (p < 0,05). Níveis de LTA não foram relacionados a sinais e sintomas ou ao volume da lesão periapical (p > 0,05). Concluiu-se que dentes com IEP tiveram maiores quantidades de carga microbiana e de LPS do que os dentes com IES. Uma maior quantidade de LPS foi correlacionada positivamente com um maior volume de destruição óssea periapical. Uma ampla interação de espécies bacterianas específicas resultou em diferentes características clínicas.