Eficácia clínica dos protocolos de preparo endodôntico e da medicação intracanal na redução de endotoxinas e bactérias cultiváveis nos canais radiculares de pacientes que foram submetidos à irradiação de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rabello, Diego Guilherme Dias de [Unesp]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191580
Resumo: Este estudo clínico foi conduzido para comparar a eficácia de protocolos do preparo endodôntico biomecânico, assim como da medicação intracanal em pacientes que foram submetidos à radioterapia. 22 dentes com infecção endodôntica em pacientes que se submeteram à radioterapia de cabeça e pescoço foram selecionados e canais foram preparados com movimento reciprocante. Então como protocolo de irrigação suplementar, randomizadadamente divididos em 2 grupos de 11 pacientes: G1, pressão apical positiva e G2, irrigação ultrasonica passiva. Ambos grupos envolveram múltiplas sessões com colocação de medicação à base de Ca(OH)2 por 14 dias. Amostras foram coletadas antes e após procedimentos endodônticos. Teste LAL foi usado para quantificar endotoxinas. Teste de culturas foram realizados para quantificar carga bacteriana. Porcentagem foi calculada após entre grupos usando ANOVA com Tukey com nível de significância de 5%. Houve uma média de 16 meses de acompanhmento pós-cirúrgico. Dos 22 casos, 21 (95%) foram considerados sucesso. Em um caso foi detectado sinus tractus após 12 meses. Não houve ocorrência de osteorradionecrose. Endotoxinas e bactérias cultiváveis foram encontrados em todas as amostras iniciais. Todos os protocolos de tratamento foram estatisticamente significante em reduzir carga bacteriana e endotoxinas dos canais infectados (todos, P < .05): G1 (95.41%), G2 (97.86%) e após medicação intracanal G1 após Ca(OH)2 (97.41%), e G2 após Ca(OH)2 (98.95%). Não houve difernça estatisticamente significante entre os grupos tratados (P > .05). Todos os protocolos de tratamento foram estatisticamente efecicazes em reduzir os níveis iniciais de endotoxinas. Redução média: G1 de 78.61 % e para G2, 86.04% (P < .05). Além do mais, medicação intracanal com Ca(OH)2 reduziu níveis de endotoxinas em 94.87% (G1) e em 95.34% (G2) (todos, P < .05). Este estudo clínico demonstrou que tratamento endodôntico em pacientes irradiados podem ser eficazes. O preparo com movimentos reciprocantes e suplementação com irrigação tanto com ultrassom quanto com seringa, são capazes de reduzir o conteúdo contaminante dos canais radiculares. O uso de medicação intracanal com Ca(OH)2 nesta situação também se mostrou bastante eficiente na redução de carga bacteriana e níveis de endotoxinas.