Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Quaggio, Carolina Stager |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204533
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Resumo: |
O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é um aquífero transfronteiriço localizado na América do Sul, com área de ocorrência em importantes porções dos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, sendo considerado um dos maiores reservatórios de águas subterrâneas da América Latina. Apesar de seus aspectos geológicos e comportamento hidráulico terem sido amplamente estudados, as conexões hidráulicas entre o SAG e as unidades hidroestatigráficas sobrejacentes (PÓS-SAG) e subjacentes (PRÉ-SAG) foram recentemente reconhecidas. Nesse sentido, isótopos de Estrôncio representam excelentes traçadores da origem de fluxos de águas subterrâneas por serem capazes de indicar, a partir das variações nas razões 87Sr/86Sr, a origem da água em função da sua interação com o arcabouço litológico do aquífero. A avaliação da distribuição espacial das assinaturas 87Sr/86Sr nas águas da porção Norte do SAG, combinado com o contexto hidrogeológico e modelo conceitual de evolução hidroquímica do SAG, permitiu a identificação da contribuição de múltiplas fontes de 87Sr através de um modelo de mistura Bayesiano. Próximo as zonas de afloramento, as assinaturas 87Sr/86Sr são mais variáveis, com valores mais enriquecidos (87Sr radiogênico) associados a águas do SAG e valores mais empobrecidos (87Sr não radiogênico) a águas das unidades PRÉ e PÓS-SAG e a águas meteóricas; em uma zona de transição, entre porções livres e confinadas, são identificadas a contribuição de águas das unidades PRÉ e PÓS-SAG; enquanto na zona confinada, onde não há mais a contribuição de águas meteóricas e unidades PÓS-SAG, as assinaturas são mais homogêneas e associadas a contribuição de águas das unidades PRÉ-SAG. Este comportamento isotópico indica que o limite vertical do SAG representa um sistema mais complexo e vulnerável, fortemente relacionado ao contexto geológico, do que o suposto até então. O uso da assinatura 87Sr/86Sr como traçador no contexto hidrogeoquímico do SAG contribui na definição do fluxo vertical regional e origem das águas, conceito crucial que deve ser considerado na gestão do aquífero. |