Curetagem e eletrocoagulação versus exérese cirúrgica no tratamento do carcinoma basocelular de baixo risco: um ensaio clínico randomizado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bastos, Luan Moura Hortencio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193264
Resumo: Fundamentos: O carcinoma basocelular (CBC) corresponde a 70-80% das neoplasias malignas de pele, demandando significativos recursos de saúde. Curetagem e eletrocoagulação (C&E) foi descrita no tratamento do CBC há algumas décadas, apresentando custos reduzidos e taxas de cura satisfatórias. Por outro lado, existem poucos estudos randomizados que compararam este tratamento com a cirurgia convencional em tumores de baixo risco. Objetivo: comparar os resultados após três meses da C&E versus cirurgia convencional para CBC de baixo risco em relação as complicações cirúrgicas, recuperação pós-operatória, aspecto estético e satisfação do paciente. Métodos: Ensaio clínico randomizado, paralelo e aberto comparando C&E com cirurgia convencional no tratamento de CBCs de baixo risco, com até 1 cm de diâmetro. Realizado com pacientes do ambulatório de dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu. Foram avaliadas complicações, recuperação pós-operatória, satisfação e aspecto da cicatriz após três meses do procedimento. Resultados: Foram incluídos 116 tumores de 82 participantes, sendo 61 lesões no grupo da cirurgia convencional e 55 lesões no grupo da C&E alocados por meio de um app Javascript desenvolvido pela equipe pesquisadores. Quarenta e nove porcento mulheres e idade mediana de 72 anos. O diâmetro mediano das lesões foi de 7 mm, 76% de padrão clínico nodular e 55% localizados na região crânio-cervical de baixo risco. Em análise multivariada, as cicatrizes de C&E apresentaram maior alteração de cor (p<0,01), rigidez (p<0,01) e espessura (p=0,02). Não houve diferença quanto à satisfação e aos cuidados e complicações pós-operatórias, como infecção local, deiscência, sangramento ou retração cicatricial (p>0,33). Limitações: Estudo monocêntrico, não cegado, com seguimento de até três meses. Conclusões: Ambos os procedimentos foram bem tolerados pelos participantes, com altos níveis de satisfação e baixos níveis de complicações. Porém, cicatrizes mais inestéticas, após três meses, quando realizada C&E.