Ensinar com o Patrimônio: o estudo para a elaboração e implementação da Política de Educação Patrimonial no ensino fundamental II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Molina, Eduardo Castejon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181362
Resumo: O estudo sobre educação patrimonial tem recebido maior destaque nos últimos anos, principalmente a partir do Decreto nº 3.551/2000 que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, ampliando o conceito de patrimônio e estimulando ações educativas centradas na dimensão da vida cotidiana, como fonte de construção coletiva e democrática de conhecimentos. A partir de então, a Educação Patrimonial começou a ser pensada como instrumento capaz de desenvolver nos alunos a noção de identidade e a compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que estão inseridos. A presente pesquisa tem como foco mapear e descrever as ações de educação patrimonial nas escolas públicas do ensino fundamental ciclo II da rede pública estadual de um município do interior de São Paulo, tendo como referência a perspectiva descrita no Guia Básico de Educação Patrimonial, elaborado por HORTA et. al., em 1999, que defende que as ações de educação patrimonial devem ser efetivadas de maneira transversal, permanente e sistematizada no cotidiano escolar. O estudo apresentou o cenário histórico que possibilitou a construção do conceito de patrimônio cultural, apresentou um panorama sobre a trajetória das políticas públicas de preservação do patrimônio a partir da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN, para posteriormente abordar a questão da educação patrimonial propriamente dita. Para fundamentar esta pesquisa, foram utilizados estudos de autores como Maria Cecília L. Fonseca, Sônia R. R. Florêncio, Rodrigo M. D. da Silva, entre outros, os quais pensam a educação patrimonial como um processo ativo de conhecimento e de apropriação do patrimônio para fins de preservação e valorização da herança cultural. Por meio de um estudo exploratório que viabilizou o mapeamento e a descrição das ações educativas ocorridas entre 2015-2018, que abrange a vigência do projeto político pedagógico das três escolas pesquisadas, procedeu-se à realização de entrevistas semiestruturadas com dez participantes, sendo um dirigente de ensino, três gestores e seis professores que atuam no ensino fundamental ciclo II. A análise dos dados ocorreu em dois momentos, sendo que para o mapeamento de quais ações educativas foram realizadas, foi utilizada a perspectiva quantitativa enquanto que para a descrição de como tais ações foram realizadas, utilizou-se a perspectiva qualitativa de investigação. Percebeu-se que as poucas ações educativas no campo do patrimônio são realizadas isoladamente ao longo do ano letivo, não constam no projeto político pedagógico e não são efetivadas pelo prisma da transversalidade e interdisciplinaridade, razão pelo qual, conclui-se que a política de educação patrimonial não foi implementada nas escolas pesquisadas. Como resultado, elaborou-se uma proposta de intervenção, na forma de uma oficina pedagógica que contribua para a produção de reflexões e conhecimentos que, produzidos em conjunto, serão essenciais no processo de elaboração e implementação da Educação Patrimonial na rede pública de ensino.