Protagonismo feminino no design brasileiro contemporâneo? Análise nos segmentos de design gráfico e de produto entre os anos de 2015 e 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Romano, Raquel Bosso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215200
Resumo: A desigualdade entre gêneros é um grave problema e uma questão de relevância social e política que, cada vez mais, ganha espaço e gera a necessidade de desenvolvimento de pesquisas científicas a esse respeito, uma vez que são escassas as publicações sobre a história e o protagonismo feminino em diversos campos do conhecimento. Fato que se repete na área do design, diante das desigualdades de gênero presentes em nossa sociedade, faz-se necessária a investigação de como essas questões transcorrem para a área. As inquietações que nortearam a pesquisa dizem respeito ao ínfimo protagonismo feminino registrado na história do design, as relações estabelecidas entre o design e os estudos feministas e como esses temas reverberam no resultado das premiações da área no cenário brasileiro. Dessa forma, este estudo visa fornecer um panorama acerca da relação entre design contemporâneo e feminismo presente na bibliografia da área, como também a investigação e o questionamento a respeito da equidade de gênero existente nas premiações de design brasileiro. Portanto, consiste em uma pesquisa descritiva com a aplicação de métodos de análise qualitativos e quantitativos e a realização da pesquisa bibliográfica, análise documental e o estudo de caso. Este ocorreu em duas das principais premiações da área no Brasil, a Bienal Brasileira de Design Gráfico da ADG (Associação de Designers Gráficos no Brasil), entre os anos de 2015 e 2019, e o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, nos anos de 2017, 2018 e 2019. Os referenciais teóricos utilizados abrangem a teoria do design contemporâneo, suas relações com a filosofia e a sociologia, bem como seu papel político e social. O estudo nos permitiu compreender as distintas formas em que a desigualdade de gênero se apresenta na área, tanto na história escrita quanto na prática, por meio da divisão sexual do trabalho e da reprodução de estereótipos de gênero nos produtos do design. Durante a investigação das premiações, foi possível notar o aumento da presença feminina no decorrer dos anos ocupando esses espaços, apesar da predominância de nomes masculinos. Com esta pesquisa, pretendemos proporcionar uma compreensão mais plural da realidade da área e salientar a necessidade de pesquisas que aprofundem as lacunas realçadas pelos estudos feministas na área do design contemporâneo.