Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Kanashiro, Paulo Roberto Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253453
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Resumo: |
O objetivo dessa tese é pensar o microfascismo no processo de produção da subjetividade no contexto do neoliberalismo atual. Discute a hipótese de que o agenciamento entre governamentalidade algorítmica e redes transnacionais de direita radical resultaram em uma máquina algorítmica de política de afetos, composta, além dos elementos heterogêneos das máquinas de políticas de afetos, de todo um ecossistema de plataformas de mídia digital que medeiam a experiência contemporânea com seus processos de datificação, perfilagem e microsegmentação. Argumenta que os designes, as arquiteturas e os procedimentos algorítmicos dessas plataformas permitem não só agir sobre os corpos para modelá-los e governá-los, mas capturar e modular desejos pré-subjetivos e pré-conscientes, identificar preconceitos e ressentimentos, saturar seus alvos de forma customizada, promover a duração e da intensidade de afetos tristes, reforçar crenças, comprometer a capacidade de compreensão, a vontade consciente e estimular a ação reflexa. A partir do conceito de máquina, de Felix Guattari, pensa humanos e máquinas técnicas dispostos no mesmo plano ontológico de existência, como partes, engrenagens de uma mesma máquina, envolvidos nos mesmos processos. Com isso, analisa como componentes pré-individuais, pré-verbais, pré-significativos da subjetividade se constituem como servos de máquinas sociais, econômicas ou semióticas, e como os processos de produção de percepções e afetos ainda no nível pré-subjetivo, pela sobrecodificação daqueles estratos, condicionam as suas manifestações no nível da subjetividade e modulam a produção desejante, numa forma de governo do inconsciente. |