O poeta de Pondichéry: introdução e interpretação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Morais, André Luiz Menezes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183446
Resumo: Este trabalho de Mestrado é uma dissertação que procura ler, decompor, analisar e interpretar a obra O poeta de Pondichéry (1986), escrita pela poetisa portuguesa Adília Lopes (1960). Inicialmente, buscamos apresentar a autora e contextualizar as principais características de sua poesia. Para tanto, lemos alguns poemas que consideramos ser ilustrativos. Em seguida, tendo sido já feita a apresentação, passamos a meditar sobre O poeta de Pondichéry. No primeiro momento, apresentamos o quadro das reedições do livro. Na etapa seguinte, nos concentramos em cada poema, buscando compreender os sons e os significados das palavras, bem como lançar um olhar atento aos ritmos dos versos. Esse método de leitura nos permitiu compreender que há na obra uma série de referências à literatura e à cultura popular, conforme apontadas pelos estudiosos como a característica mais expressiva da poesia de Adília Lopes. No âmbito do intertexto com o romance Jacques, o fatalista, e seu amo de Denis Diderot (1713-1784), sugerimos que a obra é expressada por meio do “gênio não original”, que se fundamenta, sobretudo, no texto de outros autores. Outros elementos intertextuais também são peças importantes para a arquitetura da obra, como trechos apropriados de Fernando Pessoa, Luís de Camões, D. Francisco Manuel de Melo, Hans Christian Andersen, La Fontaine e Homero. Concluímos, portanto, que o percurso traçado pelo personagem o poeta de Pondichéry retoma elementos da literatura e da cultura popular, por meio do gênio não original, aproximando-se bastante da poesia que Adília Lopes tem construído ao longo de suas publicações.