A urdidura espacial do capital e do trabalho no cerrado do sudoeste goiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Mendonça, Marcelo Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102964
Resumo: As transformações espaciais, decorrentes das mudanças aceleradas pela reestruturação produtiva do capital, promoveram uma efervescência política no campo brasileiro, propiciando uma agudização das contradições e redefinindo a gestão societária do capital e do trabalho. A retomada dos movimentos sociais na luta pela terra significa a possibilidade de milhares de famílias desterritorializadas de se reterritorializar na efetiva realização da reforma agrária. A estratégia do capital se concretiza em novas formas de controle social, mas as alterações no conteúdo das classes sociais forjadas no enfrentamento do capital e do trabalho, implicam em novas (re)arrumações espaciais, produto-produtor da contradição viva e, portanto, condição potencial para a emancipação social. A pesquisa está centrada na geografia do trabalho – a essência do Homem – a hominização criadora e potenciadora das ações humanas rumo à emancipação social – sendo tratada não enquanto uma nova corrente do pensamento geográfico, mas enquanto um “outro olhar” sobre a realidade social, enxergando “por dentro” as contradições, as clivagens e as fraturas a partir da territorialização do capital e do trabalho no Cerrado do Sudeste Goiano. A relação com o meio-ambiente sofre brusca alteração, principalmente nas áreas de chapadas, até então pouco “aproveitadas”, pois apresentavam solos pouco férteis para cultivos intensivos e excesso de água no período chuvoso, o que dificultava as atividades agrícolas. Os chegantes, portadores do “progresso”, utilizam o aparato técnico e tecnológico disponível, mediante a disponibilização de pesquisas científicas...