Parasitoses em cães domiciliados em um Município de Rondônia, Bioma Amazônia: avaliação quanto ao risco à saúde humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendonça, Talita Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193169
Resumo: As enfermidades parasitárias de cães, muitas vezes negligenciadas, apresentam potencial zoonótico e são relevantes, especialmente em regiões com baixos índices de desenvolvimento humano. Desse modo, realizou-se um estudo no Município de Rolim de Moura, Estado de Rondônia, região norte do Brasil, para avaliar a presença e composição da comunidade de parasitas de cães domiciliados, bem como determinar o conhecimento dos tutores sobre essas enfermidades. Para isso, foram colhidas amostras de sangue e fezes de cães em 61 residências no Município de Rolim de Moura (Capital da Zona da Mata), totalizando 183 amostras de sangue, 163 de fezes e espécimes de ectoparasitas de 28 animais. Foram realizados exames coproparasitológicos, além de pesquisa de microfilárias sanguíneas por testes diretos e moleculares, e identificação dos ectoparasitas. Para determinar o conhecimento dos proprietários sobre essas enfermidades foi desenvolvido e aplicado um roteiro de entrevista, buscando avaliar a associação entre fatores relacionados ao desenvolvimento dessas parasitoses. Dos animais avaliados, 74,23% (112/163) estavam positivos para ao menos um parasita gastrintestinal, sendo eles: 68,71% (112/163) Ancylostoma spp., 11,66% (19/163) Trichuris vulpis, 6,75% (11/163) Toxocara canis, 4,91% (8/163) Cystoisospora canis, 1,23% (2/163) Dipylidium caninum e 0,61% (1/163) Hammondia-Neospora. Os ectoparasitas detectados foram carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) e pulgas da espécie Ctenocephalides felis felis. A espécie de filarídeo Acanthocheilonema reconditum foi detectada em 0,55% (1/183) dos animais. Apenas 11,48% (7/61) dos tutores sabiam o significado do termo zoonoses, porém 83,61% (51/61) relatam que cães podem transmitir alguma doença ao humano. Assim, o cenário observado é um alerta, pois cães domiciliados apresentaram uma diversidade de endo e ectoparasitas com potencial zoonótico, aliado ao desconhecimento dos fatores que podem trazer sérios riscos à saúde humana. Esta pesquisa revela a necessidade de campanhas educativas sobre zoonoses e seus riscos à saúde humana como forma de prevenção.