Brigada Inquisitorial e Armada de Dumbledore: repressão e resistência em diálogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moura, Giovana Cristina de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257406
Resumo: Esta tese configura-se como um estudo teórico-analítico. Analisa-se, a partir de duas personagens-sujeitos da saga Harry Potter (Hermione Granger e Dolores Umbridge), os reflexos e refrações de um governo com características ditatoriais. Verifica-se como essas consequências são emanadas no campo da educação. A fundamentação teórica compreende as concepções de diálogo, enunciado, sujeito, ideologia, forças centrípetas e centrífugas e infraestrutura e superestrutura do Círculo de Bakhtin. Nesse cenário ditatorial, centrípeto, opressor, a censura, o controle da liberdade de expressão, o uso da mídia para reiterar certos ideais, os inquéritos e repressão aos movimentos contrários à superestrutura dominante são algumas das estratégias discursivas empregadas para viabilizar esse projeto político-governamental. A justificativa social do estudo é que busca-se dialogar esse modelo educacional, em tese, fictício, com a educação brasileira em voga desde a ascensão do movimento Escola Sem Partido - ESP (2014) até a implantação da Base Nacional Comum Curricular - BNCC (2017-2018) e da reforma educacional conhecida como Novo Ensino Médio (2022). Assim, na análise, dialoga-se o modelo de educação ficcional presente no quinto livro da saga Harry Potter (“A Ordem da Fênix”) com a educação nacional para que não nos desviemos da função social desta pesquisa. Para pensarmos nas respostas mobilizadas por esse projeto político-educacional, que geram o embate na arena delimitada – a escola –, analisaremos a responsividade a partir de duas personagens femininas que emanam vozes sociais opostas, pois assumem responsabilidades divergentes perante à intervenção do governo em Hogwarts: questionam este Ministério (Hermione representa os estudantes descontentes com a nova gestão) e coadunam com este Governo (Umbridge e a sua Brigada Inquisitorial). A contribuição social desta pesquisa reside na proposição de uma discussão acerca de um governo fictício que emprega certas estratégias discursivas refletidas e refratadas que nos permite pensar nas semelhanças com o modelo de ensino que se convencionalizou no Brasil desde 2014 para que alertemos quanto aos perigos de uma escola que não emancipa, mas sim que oprime e silencia.