Uso de um mutante em giberelina na enxertia de tomateiro para estudar o papel desse hormônio na sinalização entre a raiz e parte aérea durante o déficit hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gaion, Lucas Aparecido [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152288
Resumo: As plantas são organismos sésseis que devem perceber e responder a vários estímulos ambientais ao longo de seu ciclo de vida. Entre esses estímulos, o estresse causado pela seca vem se tornando o principal fator limitante à produção agrícola em todo o mundo. O déficit hídrico é percebido inicialmente pelas raízes, que deve sinalizar eficientemente a parte aérea e, assim, desencadear os mecanismos de adaptação à seca. Por isso, a fim de avaliar o papel das giberelinas (GAs) na comunicação entre a raiz e a parte aérea durante o déficit hídrico, o tomateiro (Solanum lycopersicum L.) mutante procera (pro), com resposta constitutiva à GA, e seu tipo selvagem Micro-Tom (MT), foram utilizados em enxertos recíprocos e cultivados sob condições irrigada e de déficit hídrico. Posteriormente, foi avaliado o crescimento, o estresse oxidativo, a expressão gênica, as relações hídricas e o conteúdo hormonal para fornecer informações sobre os ajustes mediados por GA durante o déficit hídrico. Todas as combinações de enxertia com pro (i.e. pro/pro, MT/pro e pro/MT) não exibiram redução do crescimento sob condições de estresse, embora não tenha evitado o aumento do estresse oxidativo. Além disso, os enxertos com pro induziram maior acúmulo de ácido abscísico (ABA) na parte aérea, independente do genótipo do porta-enxerto. A sensibilidade aumentada à GA no porta-enxerto modulou a condutância estomática (gs) e a eficiência intrínseca de uso da água (EUAi) sob déficit hídrico, ou seja, durante o déficit hídrico a resposta constitutiva às GAs presente no porta-enxerto induziu forte redução da gs e, consequentemente, aumento da EUAi, independentemente do enxerto empregado. Além disso, sob condição de déficit hídrico, verificou-se regulação positiva e negativa dos genes SlDREB2, envolvido na modulação de mecanismos de resposta à seca, e SlDELLA, repressor de GA, respectivamente. O tratamento de folhas destacadas de MT e pro com ABA induziu redução da perda de água de maneira mais pronunciada em folhas de pro. Estes resultados indicam a existência de interação entre a sensibilidade à GA e ABA regulando os mecanismos de reajuste do crescimento e economia de água durante o déficit hídrico. Em outras palavras, a resposta constitutiva às GAs, especialmente nas raízes, modula a sinalização entre a raiz e a parte aérea e, assim, as respostas ao déficit hídrico.